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Cidade do interior entra em comoção após acidente com ônibus de estudantes

Em Borborema, onde moravam alunos, comércio fechou as portas e cartazes com a palavra "luto" foram colocados nas fachadas de lojas e prédios

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h53 - Publicado em 29 out 2014, 10h06

A pequena cidade de Borborema, na região de Araraquara, entrou em comoção após o acidente que matou estudantes e funcionários da Escola Estadual Gastão Liberal Pinto. Com três dias de luto decretado pela prefeitura, o comércio fechou as portas ao meio-dia. Nas fachadas, só cartazes com a palavra “luto”. Os prédios públicos também interromperam as atividades e colocaram cartazes.

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Na maioria das ruas não se via nenhuma movimentação – a concentração ficou restrita a uma via: a Rua Luiz de Martins, na Vila Cristina, onde fica o Ginásio Municipal, local do velório. Ao menos 5 000 pessoas estiveram ali para prestar solidariedade às famílias das vítimas – um em cada três habitantes.

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“É a maior tragédia [da história] de Borborema”, afirmou o prefeito Virgilinho Amaral (PSDB). “A cidade está parada. Aqui todo mundo se conhece”, disse. O prefeito afirmou conhecer a maior parte das vítimas da tragédia. Ele recebeu pêsames do secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, que representou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) no velório.

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Apenas um dos corpos das vítimas foi levado para ser enterrado em Itápolis. Os demais seguiram para o velório coletivo, que teve início às 17 horas, em um ginásio completamente lotado. À entrada do primeiro caixão, houve muitos aplausos. E o ritual se repetia a cada corpo que entrava pelas porta dos fundos do centro municipal.

 

Com o local lotado, o calor intenso e a emoção, cerca de 200 pessoas passaram mal – ao menos 20 precisaram ser socorridas e levadas para o pronto-socorro da cidade. Médicos, enfermeiros e assistentes sociais prestavam apoio às famílias.

Por todos os lados, se viam pessoas em longos abraços e choros incontidos. Muitos vestiam o uniforme do colégio ou de times da cidade em que os mortos jogavam. “Eram amigos, irmãos do peito. Tudo foi de repente, agora é pedir para que Deus ilumine a alma deles”, disse Júnior de Oliveira, de 18 anos, ex-aluno do colégio, que usava um terço nos dedos.

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Bastante emocionada, Isabel Cristina, de 47 anos, não conseguia conter o choro. Ela é tia de Margarete dos Santos, de 34, a professora que morreu na rodovia. “Foi uma pessoa maravilhosa, dedicava sua vida ao trabalho”, relatou. A professora deixou três filhos. Dois deles estavam no ônibus acidentado. Uma adolescente de 15 anos, que quebrou o braço, e um jovem de 17, que continuava ontem internado na UTI da Santa Casa local, em estado grave, segundo informaram parentes.

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Mensagens. As mensagens das vítimas e de familiares nas redes sociais também eram vistas e comoviam os presentes. “Essa vida é uma viagem, pena eu estar só de passagem”, publicou no Facebook José Vinicius Francisco Anzolin, de 17 anos, uma das vítimas do acidente em Ibitinga. Ele conseguiu um lugar de última hora no ônibus dos estudantes e agradeceu um colega por ter seguido viagem. “Graças a suas mãos milagrosas, se não fosse por você eu não iria ‘parça’.” (Com Estadão Conteúdo)

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