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Bibliotecas temáticas fazem sucesso

Especializadas em cinema, poesia e contos de fadas, bibliotecas temáticas atraem público que havia migrado para grandes livrarias

Por Daniel Nunes Gonçalves
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Quem visitar a biblioteca Roberto Santos, no Ipiranga, a partir do próximo sábado, 14, vai se surpreender. Depois de oito meses fechado para reformas, o prédio de 1964 que tinha cara de repartição pública passou por uma metamorfose. Tornou-se, após uma revitalização que custou 160 000 reais, uma bela biblioteca temática dedicada ao cinema. Câmeras e holofotes antigos, placas indicativas em forma de claquete e cabines para projeções individuais compõem a decoração, que reproduz um set de filmagem. Além do acervo de 31 000 livros, 400 deles dedicados ao universo das telonas, há na biblioteca 502 curtas e longas-metragens. Outro atrativo é a confortável sala com 101 lugares, prontinha para abrigar festivais e mostras. “É ótimo ajudar a suprir a carência de educação de São Paulo por meio do cinema”, diz Célio Franceschet, curador do espaço.

A mudança é parte de um projeto da Secretaria Municipal de Cultura, que nos últimos dois anos repaginou outras quatro bibliotecas públicas. Cada uma ganhou foco em determinada forma de arte. A novidade começa a trazer de volta leitores que haviam migrado para megalivrarias de shopping, como se percebe na Biblioteca Cassiano Ricardo, no Tatuapé, dedicada à música. Reinaugurada em novembro passado, recebeu trinta gatos-pingados durante o primeiro mês de funcionamento. Em maio, foram 300 pessoas, atraídas por shows gratuitos e pelo acervo de CDs e fonogramas, que contém raridades como a faixa Louco por Você, que Roberto Carlos gravou no início da carreira e renegou após a fama. Na vizinha Hans Christian Andersen, que funciona na mesma praça, estantes em forma de castelinho abrigam as aventuras de Pinóquio, Cinderela e companhia. A criançada se esbalda, principalmente nos dias em que contadores de histórias entram em ação.

Em Pinheiros e Santo Amaro funcionam bibliotecas cujos temas são poesia e cultura popular, respectivamente. Com novos livros no acervo e paredes cobertas de versos de poetas consagrados, a Alceu Amoroso Lima, na Zona Oeste, tornou-se point de amantes da literatura, que promovem saraus às sextas-feiras. A Belmonte, na Zona Sul, movimenta a rotina da expressiva população nordestina da região com repentes e literatura de cordel. Neste mês, haverá apresentações de uma orquestra de viola caipira e oficina de xilogravura. Outros três desses “minicentros culturais” devem abrir as portas até o fim do ano, voltados para temas como arquitetura e urbanismo, meio ambiente e ciência. Se seguirem o caminho de sucesso dos quatro primeiros, vai demorar até a poeira baixar nas prateleiras novamente.

* Biblioteca Roberto Santos (cinema). Rua Cisplatina, 505, Ipiranga, 2273-2390.

* Biblioteca Hans Christian Andersen (contos de fadas). Avenida Celso Garcia, 4142, Tatuapé, 2295-3447.

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* Biblioteca Belmonte (cultura popular). Rua Paulo Eiró, 525, Santo Amaro, 5687-0408.

* Biblioteca Cassiano Ricardo (música). Avenida Celso Garcia, 4200, Tatuapé, 2092-4570.

* Biblioteca Alceu Amoroso Lima (poesia). Rua Henrique Schaumann, 777, Pinheiros, 3082-5023. Das 8 às 19 horas (seg. a sex.) e das 9 às 16 horas (sáb.). O horário de funcionamento é o mesmo para todas as bibliotecas temáticas.

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