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Quer aprender um novo idioma? Tenha aulas com refugiados políticos

Projeto Abraço Cultural abre novas turmas para cursos de inglês, francês, árabe e espanhol; oficinas de culinária, dança e música típicas também compõem a grade

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h40 - Publicado em 20 ago 2015, 18h00

O Brasil acolhe atualmente mais de 7 000 refugiados políticos, de 81 nacionalidas distintas. De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados, a maior parte vem da África, Oriente Médio e América do Sul.

Com o intuito de inserir esses imigrantes no mercado de trabalho, a Atados, plataforma social de voluntariado, lançou em julho um curso de idiomas ministrado por professores em situação de refúgio. Chamado de Abraço Cultural, o projeto atendeu 123 alunos (houve cerca de 500 interessados) no módulo intensivo de um mês.

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Na segunda (31), novas turmas iniciam as aulas, desta vez com duração de três meses. A expectativa é atrair 450 estudantes, divididos em trinta salas. As inscrições podem ser feitas até quinta (20) no site da iniciativa e na sede da Atados, em Pinheiros.

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As aulas, em nível básico ou intermediário, ocorrem em Perdizes duas vezes por semana (à noite) e têm uma hora e meia de duração. Aos sábados, se estendem pelo dobro do tempo, das 9h às 12h. O módulo custa 800 reais à vista ou quatro parcelas de 210 reais.

Abraço Cultural - aula de cultura
Abraço Cultural – aula de cultura ()

Mais de trinta docentes estarão à frente dos cursos de inglês, francês, espanhol e árabe. Eles irão compartilhar ainda aspectos culturais africanos, latinos e islâmica por meio de músicas, filmes, culinária, arte e história. Cada refugiado recebe 50 reais por hora de aula, o que resulta em uma contribuição mensal de pelo menos 1 000 reais.

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A maior parte dos refugiados lecionava em seu país de origem ou possuia especialização acadêmica. É o caso do congolês Guylain Mukendi, professor de Direito Fiscal e Finanças Públicas na República Democrática do Congo. No Brasil desde 2013, ele trabalhou em uma rede de supermercados antes de ministrar aulas de francês com foco em cultura africana. Hoje, sua principal fonte é o Abraço Cultural. 

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Engenheiro mecânico de formação, Talal Al-tinawi tem história semelhante. Ele saiu da Síria dois anos atrás com a mulher e dois filhos para fugiur das guerras. Para sobreviver em São Paulo, a família vende comida típica em feiras de imigração e na Mesquita do Brás. Talal sonha em ter um restaurante e lançou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar recursos.

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O projeto Abraço Cultural recebe apoio de instituições como Adus – Instituto de Reintegração do Refugiado Brasil, BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul e SP Escola de Teatro. Leia mais sobre o Atados em reportagem publicada na revista VEJA SÃO PAULO.

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