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Aulas de idioma, história e etiqueta para decifrar a China

Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico promove palestras sobre costumes chineses

Por Juliana de Faria
Atualizado em 5 dez 2016, 19h23 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

Até janeiro, os únicos contatos que o estudante Giancarlo Zamolo, 17 anos, havia tido com a China eram bugigangas compradas na Rua 25 de Março e idas a restaurantes que servem frango xadrez. Há dois meses, no entanto, ele resolveu conhecer melhor o dragão asiático. Foi estudar mandarim. “Acredito que essa é uma forma de garantir um bom emprego no futuro”, diz Zamolo, que pretende prestar vestibular para o curso de relações internacionais. Ensinar a cultura da nação mais populosa do mundo tem se tornado, com o perdão do trocadilho, um negócio da China. O interesse dos paulistanos pelo país já aquece o mercado de cursos. Só escolas de mandarim existem pelo menos quatro na cidade, que cobram entre 188 e 360 reais por mês. Na maior delas, o Centro Cultural e Assessoria Empresarial China-Brasil (Chinbra), o número de alunos pulou de trinta para 390 em seis anos. A professora Cláudia Rosan, descendente de espanhóis, assiste às aulas no Chinbra com suas duas filhas, Samira, 13, e Rafaela, 10. “Acho que isso proporcionará a elas uma arrancada profissional”, afirma. Além de sofrerem para aprender alguns poucos dos mais de 10 000 caracteres que formam o idioma, as três enfrentam dificuldades com a pronúncia. “Dependendo da entonação, a mesma palavra pode significar coisas diferentes”, descobriu Cláudia. Uma das donas da escola, Liang Yan garante que é possível falar sem embaraço depois de quatro anos de estudo. “Escrever e ler, porém, pode demorar muito mais”, explica. Quando precisou morar em Pequim por noventa dias, dois anos atrás, o empresário Alexandre Medeiros só se comunicava por mímica. “Passei aperto nas refeições”, lembra. Os anfitriões levavam Medeiros para restaurantes e pediam eles mesmos seu prato. “Eu nem me arriscava a perguntar do que era feita a comida.” Durante um almoço, provou carne de cachorro. Segundo ele, o gosto não era de todo ruim. Mas, ao identificar a pata do animal, sentiu um calafrio. Conclusão: começou a fazer aulas de mandarim assim que retornou a São Paulo. Dominar o idioma não basta para fazer negócios do outro lado do mundo. A Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico, fundada há seis anos, promove palestras para quem quer aprender os costumes chineses. Na Casa do Saber, os temas variam entre história, religião, economia e política. “Quando o assunto é China, usamos nossa maior sala”, afirma o diretor executivo, Mario Vitor Santos. O jornalista Jaime Spitzcovsky, ex-correspondente do jornal Folha de S.Paulo em Pequim, coordena o curso “As reformas na China e seu impacto global”, na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “Entender o mundo atualmente exige entender a China”, diz ele, que conseguiu atrair 35 alunos. Onde aprender mandarim: Centro Cultural e Assessoria Empresarial China-Brasil (Chinbra) – Avenida Pompéia, 1675-B, Pompéia, tel: 3675-6898; Rua Domingos de Morais, 770, bloco 4, sala 3, Vila Mariana, tel: 3589-8688. R$ 188,00 por mês. https://www.chinbra.com.br Mandarim – Rua Vergueiro, 2087, conjunto 1509, Vila Mariana, tel: 5904-3388. R$ 245,00 por mês. https://www.mandarim.net Centro Taoísta de Cultivo da Longevidade Rua Senador Felício dos Santos, 410, Liberdade, tel: 3542-3888. R$ 200,00 por mês. https://www.centrotaoista.com – It’s Holding – Rua Batatais, 288, Jardim Paulista, tel: 3884-8453. R$ 360,00 por mês (aulas individuais)

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