Continua após publicidade

Artistas excluem partidos e sindicatos de ato na Paulista

Estão previstas apresentações de Mano Brown, Criolo, Emicida, Tulipa Ruiz, Otto, Maria Gadú, entre outros

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 31 Maio 2017, 16h59 - Publicado em 31 Maio 2017, 09h11

No rastro da manifestação que reuniu milhares de pessoas na Praia de Copacabana, no Rio, no domingo passado, artistas, produtores, ativistas e blocos de carnaval de São Paulo marcaram para domingo (4) um ato pela saída do presidente Michel Temer e pela realização de eleições diretas. Ao contrário de eventos anteriores, o ato dos artistas não terá a participação de partidos políticos e sindicatos na organização.

Segundo os organizadores, a ideia é fazer um movimento independente de partidos para ampliar o leque de apoio. “Não temos a intenção de excluir ninguém. Temos o máximo respeito pelas lutas históricas de cada segmento, mas achamos importante termos também a chance de fazer um evento com todos que queiram participar, puxado pelas diversas expressões culturais. Achamos que é uma forma de agregar, ampliar e mostrar a quantidade de gente que quer diretas-já”, diz o produtor cultural Alexandre Youssef, presidente do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.

O ato estava marcado, em princípio, para acontecer na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, corredor cultural da cidade, para reforçar a identidade com o caráter artístico da manifestação. No entanto, na tarde desta quarta (31), foi confirmada a transferência para o Largo da Batata.

Além de aproximadamente quarenta blocos de carnaval, estão previstas apresentações de Mano Brown, Criolo, Emicida, Tulipa Ruiz, Otto, Maria Gadú, entre outros. Artistas das áreas do cinema, teatro e literatura também serão convidados. “Mas não é uma micareta, não. É um ato político”, avisa o produtor musical Daniel Ganjaman, que também participa da organização do evento.

Continua após a publicidade

Além de abrir o leque de participantes para a parcela da população que rejeita partidos de esquerda, a decisão de fazer o ato de forma independente tem o objetivo de evitar o aparelhamento do protesto. “A manifestação não pode ser apropriada por partido nenhum. A música quer esse papel”, diz o empresário da noite Facundo Guerra.

No ato do Rio, na semana passada, organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, sindicatos e partidos tiveram de tirar suas bandeiras e balões da frente do palco. Até então, as frentes haviam organizado todas as grandes manifestações de rua contra Temer, mas os artistas independentes tiveram papel importante no #OcupaMinc.

“Acho legítimo que os artistas tomem iniciativa. Atraem um público que não é necessariamente o dos movimentos. Vamos tentar dialogar para fazer com o máximo de unidade possível”, diz Guilherme Boulos, da Frente Povo Sem Medo.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.