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Apartamentos com poucos dormitórios desaparecem do mercado

Encontrar imóveis de um ou dois quartos para alugar pode levar meses

Por Bruna Fasano
Atualizado em 5 dez 2016, 19h32 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Paulistanos atrás de apartamentos de um ou dois dormitórios para alugar, preparem-se. A peregrinação pode levar muito mais tempo do que o planejado. Enquanto os classificados de imóveis estão recheados de ofertas com três, quatro e até cinco quartos com várias vagas de garagem, os menores parecem ter sumido do mapa. De acordo com João Crestana, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi), esses apartamentos estão cada vez mais raros. “Os terrenos em regiões centrais se valorizaram nos últimos anos”, afirma. “Isso faz com que as construtoras invistam em unidades maiores e mais caras.” Entre 2004 e 2008, foram lançados 1 847 empreendimentos imobiliários na cidade, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Desse total, 28% tinham apartamentos de dois dormitórios e apenas 3% de um.

Moradora do Morumbi há três anos e meio, a web designer Shirley de Moraes está de malas prontas para entrar em um apartamento recém-alugado no bairro da Mooca. Depois de procurar durante oito meses e visitar cerca de cinquenta imóveis, ela finalmente encontrou o cantinho que desejava na Zona Leste. “Quando gostava de alguma coisa e queria fechar negócio, outro interessado já tinha se adiantado”, conta. “Mas a espera valeu a pena, pois vou voltar a morar no bairro em que nasci.” Uma pesquisa da imobiliária Lopes aponta que, para aluguéis entre 1 000 e 2 000 reais, incluindo condomínio, a concorrência chega a ser de dez candidatos por unidade. O tempo de espera para um apartamento com esse perfil no centro expandido é de, em média, quatro meses.

Algumas imobiliárias lançam mão de “caçadores de imóveis”, ou, como são conhecidos no meio, “house hunters”, para garimpar apartamentos que se encaixem nesse perfil. Eles esquadrinham bairros e conversam com moradores e comerciantes em busca de alguma oportunidade de negócio. O grupo de house hunters da empresa Lello, por exemplo, foi estruturado há um ano. “Minha maior fonte de informação são os porteiros e zeladores. Eles sabem da vida do prédio inteiro”, afirma o corretor José Roberto Correia Macedo, que tem como meta angariar trinta novos imóveis desse tipo por mês.

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