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Ana Paula Oliveira: musa e bandeirinha

Aos 29 anos, a auxiliar de arbitragem coleciona polêmicas dentro e fora de campo

Por Fabio Brisolla
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

Ela despertou a fúria dos torcedores do Botafogo ao apontar impedimento em dois gols do time carioca na semifinal da Copa do Brasil, em maio. No ano passado, foi perseguida em campo pelos fiéis corintianos ao anular um golaço do argentino Tevez num clássico contra o Palmeiras. Mas não é só por sua atuação polêmica nos gramados que a bandeirinha paulistana Ana Paula Oliveira conquistou popularidade desproporcional ao seu tempo de carreira (sete anos). O fato de ser bonita conta. E muito. Capa da edição de julho da Playboy, ela promete, enfim, agradar a todas as torcidas.

Como foi o ensaio para a Playboy?

Muito difícil, porque sou superséria. Posar nua é diferente do trabalho de modelo, com o qual já estou acostumada. É mais complicado, principalmente no primeiro dia. [Ana Paula e a Federação Paulista acertaram que o ensaio não faria nenhuma alusão ao futebol – uniforme, bola, campo…]

Você sempre criticou o preconceito contra a mulher no futebol. Aparecer nua não é um jeito equivocado de combater as piadinhas de mau gosto?

Acho que não. Piada no futebol sempre existiu e continuará existindo. Na minha profissão é uma coisa comum, não vai alterar em nada.

A provocação da torcida deixa você muito irritada?

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Geralmente não. Podem me xingar de piranha, de biscate, mas só não suporto ser chamada de uma coisa: vagabunda.

Qual seria a diferença?

O termo vagabunda tem uma conotação mais ampla, se refere à pessoa que não trabalha, que não se dedica a nada. É um vocabulário muito baixo.

E se a torcida fizer coro pedindo para você tirar a roupa?

Estou preparada para isso. Vou dar risada.

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O futebol foi uma escada para a fama?

Não usei o futebol. Se fiquei famosa dentro do futebol, foi pelo meu trabalho.

Mas a beleza não ajudou?

Ajudou de dois anos para cá. Antes era até empecilho. Duvidavam da minha capacidade.

Você recebeu uma suspensão após anular dois gols do Botafogo no jogo contra o Figueirense pela semifinal da Copa do Brasil. Esse foi o pior momento da sua carreira?

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Não. Tenho certeza de que acertei em um lance. O outro foi um erro milimétrico. Sem dúvida, houve um exagero nas críticas da imprensa esportiva por eu ser mulher.

Qual foi então o pior momento?

O jogo entre União São João e Mirassol pela Série A2 do Campeonato Paulista do ano passado. Uns 400 torcedores do Corinthians foram ao estádio só para me ofender. Eles me seguiam correndo pelo campo. Depois do jogo tive vontade de chorar. Ali eu pensei em parar. Só ali. [Dias antes, num jogo entre Corinthians e Palmeiras, ela havia anulado um gol de Tevez. O jogo terminou em 1 a 1.]

Você já se distraiu durante a partida ao olhar para as pernas de algum atleta?

Isso nunca aconteceu. Eu observo o jogador antes ou depois da partida. Durante, só me preocupo com a bola.

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Em entrevistas, você costuma elogiar a beleza de três jogadores: Edmundo…

…Roger e Fabio, goleiro do Cruzeiro.

Algum deles já agradeceu esses elogios?

Conheci o Roger em um programa de TV. A gente se dá muito bem. Já com os outros dois nunca tive contato para falar a respeito.

Já saiu com algum jogador?

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Não.

Tem namorado?

Não.

Você gosta de roupas de grife?

Gosto de Ellus, TNG, Levi’s, M. Officer… Sou muito múlti. Tenho um sonho: lançar uma marca com roupas variadas, da esportiva à clássica.

Onde comprou esse vestido?

É da minha cabeleireira, ela me emprestou para fazer uma campanha publicitária do salão.

No seu site você se oferece como palestrante. Fala sobre o quê?

Motivação, trabalho em equipe e o preconceito contra a mulher. Dou umas quatro palestras por mês.

Quanto cobra por uma palestra?

De 6 000 a 10 000 reais.

Bem mais que os 1 100 reais que você ganha por partida…

Sim.

É mais divertido ser bandeirinha ou playmate?

Posar nua foi uma experiência única, mas me divirto mesmo dentro das quatro linhas.

Você não tem medo de ser suspensa por posar nua?

Árbitro de futebol não ganha salário fixo, não há vínculo empregatício. Portanto, não pode haver punição por parte da Fifa ou da CBF porque não sou uma funcionária contratada. Mas, se isso acontecer, será uma das maiores injustiças da história do futebol.

Você está a caminho da Copa do Mundo ou da Copa das Coelhinhas da Playboy?

Posso apitar a Copa das Coelhinhas sem problema algum e, se tiver condições, posso estar numa Copa do Mundo. Seja o que for, eu farei bem feito.

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