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Amir Slama: dos biquínis às baladas

Depois de deixar a Rosa Chá, o estilista Amir Slama torna-se sócio de três casas noturnas e planeja a criação de uma nova grife de moda praia

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h32 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Em uma tarde de quarta-feira, o estilista paulistano Amir Slama chega agitado ao 3p4, misto de restaurante e casa noturna no Itaim Bibi. O lugar ainda está fechado. Ele cumprimenta os funcionários pelo nome e vai à cozinha em busca de um refrigerante. Referência na moda nacional, Slama começa a circular com desenvoltura no mundo das baladas mais bacanas da cidade. Recentemente, tornou-se sócio, além do 3p4, do Mokaï, inaugurado no mês passado, e do Club A, previsto para abrir em setembro. “Não virei um empresário da noite, mas estou feliz com a novidade”, diz.

Criador da Rosa Chá, ele esteve à frente da grife de moda praia durante dezenove anos. Começou a bolar seus modelos numa pequena confecção do Bom Retiro, bairro onde nasceu e cresceu. Logo, elevaria maiôs e biquínis à categoria de objetos de desejo e conquistaria o mercado internacional. Em 2006, vendeu sua marca à tecelagem catarinense Marisol por 20 milhões de reais. “Precisava de reforço na produção e na logística”, lembra. Ficou decidido que o estilista continuaria responsável pelo desenvolvimento das coleções e pela área de comunicação. Porém, segundo Slama, os compradores não seguiram o combinado: “O grupo não aumentou a produtividade e passou a interferir no meu trabalho, com uma postura muito de cima para baixo”. As insatisfações contínuas culminaram em sua saída definitiva da Rosa Chá, anunciada em maio. “Eu construí uma marca de sucesso, e isso ninguém nunca vai poder tirar de mim”, afirma, sem esconder uma ponta de ressentimento.

Entre tantos problemas, uma proposta feita pelo jogador de polo Rico Mansur, em agosto do ano passado, veio na hora certa. “Era importante para o projeto do 3p4 haver entre os sócios uma pessoa ligada à moda”, conta Mansur. Depois de algumas visitas à casa, o estilista aceitou a oferta. “Estava passando dias horríveis e quando chegava ao restaurante me sentia superfeliz”, lembra Slama. Ponto de encontro de modelos e playboys, o lugar passará por uma reforma durante este mês, mas as referências fashion trazidas por Slama permanecerão intactas. Também a convite de Rico Mansur, o estilista topou entrar na sociedade do clube Mokaï, na Rua Augusta. Ele desenhou os uniformes diferentões usados pelos funcionários e tem sido visto por ali com frequência. Sempre acompanhado da mulher, Riva Slama, com quem está casado há vinte anos e tem dois filhos.

Já sua entrada no Club A, no hotel Sheraton WTC, nos moldes do extinto Gallery, foi um convite do apresentador de TV Amaury Jr. “O Amir tem a admiração de praticamente todas as tribos de São Paulo”, diz Amaury. “É o sócio ideal. Honesto, dócil e muito inteligente.” O evento Brunch Sunset, invenção de Slama, promete animar a rotina dominical dos endinheirados paulistanos. Eles poderão passar todo o dia à beira da piscina do Club A, degustando, ao som de um DJ, pratos criados pela equipe do restaurante português A Bela Sintra. “A balada vai virar uma prainha”, aposta. Presidente da Associação Brasileira de Estilistas (Abest), Slama acaba de acertar com uma loja de departamentos e outra de decoração a criação de coleções especiais. Até o fim do ano, começam a sair das máquinas de costura de seu ateliê os primeiros maiôs, biquínis e sungas da nova grife Amir Slama. “Desta vez quero fazer algo pequeno.” Ainda assim, planeja abrir lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e Paris.

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