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Agressor de motorista do Uber é identificado

Homem afirma que foi rendido por vinte pessoas que se identificaram como taxistas, agredido e mantido em cárcere privado; Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h11 - Publicado em 10 ago 2015, 22h25

A Polícia Civil abriu um inquérito nesta segunda (10) para investigar a denúncia feita por um motorista do aplicativo Uber, onde carros particulares de luxo são utilizados para transportar passageiros. O homem afirma que foi vítima de uma emboscada no Itaim-Bibi na madrugada do último sábado (8). Em seu depoimento, ele diz que foi cercado por aproximadamente vinte pessoas que se identificaram como taxistas. Ao tentar fugir, ele foi rendido, colocado dentro de um carro, agredido, ameaçado e liberado trinta minutos depois. O seu veículo foi encontrado depredado.

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O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi de São Paulo, Antônio Raimundo Matias dos Santos, confirmou que um dos envolvidos na confusão já foi identificado. “A categoria não considera um agressor como um taxista”. Segundo ele, os envolvidos serão denunciados para o Departamento de Transportes Públicos. Eles podem ter as licenças de trabalho canceladas.

Delegado titular do 15º Distrito Policial, Marco Aurélio Batista, disse que ainda não recebeu os nomes de possíveis envolvidos no caso. De acordo com ele, o motorista do Uber prestou novo depoimento nesta tarde, confirmando as denúncias. Batista disse que já solicitou imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os envolvidos na confusão. “Ainda é cedo para falar em sequestro, já que é preciso comprovar uma possível extorsão. Entretanto, não descartamos nenhuma hipótese.” 

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Denúncia

No boletim de ocorrência registrado na madrugada de sábado (8), o motorista do Uber disse que recebeu um chamado para atender um passageiro na esquina das Ruas Santa Justina e Clodomiro Amazonas, no Itaim-Bibi. Ao chegar no local às 3h30, ele encontrou um grupo formado por vinte homens que se identificaram como taxistas.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ele tentou fugir, mas foi cercado. Ao ser ameaçado por um homem armado, o motorista do Uber entrou em um carro com outros homens. Em seu depoimento, ele disse que foi agredido dentro do veículo e ameaçado. Após trinta minutos, ele foi liberado na Rua Funchal. A polícia encontrou o carro depredado.

Reunião

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Nesta segunda (10), vereadores e representantes do Ministério Público, Uber e taxistas se reuniram na Câmara Municipal. O encontro tinha o objetivo de achar novas soluções para o conflito. “Os casos de violência e a falta de diálogo vão prejudicar a categoria. O próximo passo, depois do Uber, é a carona programada. O Waze já testa isso em Tel Aviv. Vamos acordar para o que está acontecendo”, disse  o especialista em engenharia de tráfego Sergio Ejzenberg.

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“O Plano Diretor de São Paulo permite nossa operação. Nós não viemos para competir e nem tirar mercado de ninguém”, afirmou o diretor de Relações Governamentais do Uber, Daniel Mangabeira, que foi vaiado.

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Não sou contra a empresa, sou contra as autoridades que não tomam providências. É uma organização, não uma empresa, porque não tem CNPJ. Prefeito não fala nada, não toma posição. Se legalizarem, é claro que não vou ir contra. Mas é preciso tomar uma medida. Eu quero que as autoridades chamem os trabalhadores para conversar. É um serviço clandestino”, disse o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra.

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