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Adriana Varejão apresenta panorama de sua carreira com 41 obras no MAM

A carioca de 47 anos mantém o posto de nome mais valorizado da arte contemporânea brasileira

Por Jonas Lopes
Atualizado em 5 dez 2016, 16h53 - Publicado em 22 set 2012, 00h50

Nem sempre os artistas com sucesso de mercado possuem também o respaldo da crítica especializada, vide o inglês Damien Hirst e o americano Jeff Koons, ambos vendidos por preços astronômicos e (merecidamente) massacrados pelos especialistas criteriosos. No caminho contrário, vale ressaltar o caso de Adriana Varejão. A carioca de 47 anos mantém o posto de nome mais valorizado da arte contemporânea brasileira desde fevereiro do ano passado, quando uma tela sua foi adquirida por 1,1 milhão de libras em leilão da Christie’s londrina. Ao mesmo tempo, ela segue com uma produção excepcional, cujo resumo pode ser apreciado em “Histórias às Margens”, em cartaz no MAM.

Denominada panorâmica, em vez de retrospectiva, a mostra busca representar cada fase da trajetória. São 41 trabalhos, provenientes de coleções brasileiras e estrangeiras, a exemplo da Tate Modern, de Londres, do Guggenheim, de Nova York, e da Fundação “la caixa”, de Barcelona.

De inflexão oriental, as obras do início da carreira — 1991 em diante — revelam um talento em maturação, caso de “Milagre dos Peixes”. Na metade da década de 90, contudo, Adriana consegue sintetizar com brilhantismo referências diversas para alcançar um resultado único, como demonstra o óleo “Paisagens”, de 1995. Cabem nesse caldeirão influências do barroco mineiro, da azulejaria portuguesa e da violência da carne viva, realizada com poliuretano.

+ Em vídeo: a montagem da mostra de Adriana Varejão no MAM

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Em alguns momentos, as dramáticas e intensas pinturas abandonam a superfície plana e transformam-se em instalações ou relevos. Algo notável em “Extirpação do Mal por Incisura, em Língua em Padrão Sinuoso” e na obra-prima “Reflexo de Sonhos no Sonho de Outro Espelho (Estudo sobre o Tiradentes de Pedro Américo)”, feita para a chamada Bienal da Antropofagia, de 1998. Das mais recentes, observe o óleo “O Sedutor”, um delicado e geométrico estudo sobre o vazio. Preste atenção ainda às alusões ao universo do mar (sereias, mariscos) do conjunto “Pratos”.

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