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Justiça concede prisão domiciliar para o ex-médico Abdelmassih

Condenado a 181 anos, ele está internado em Taubaté desde o dia 18; quando receber alta, vai para casa, mas deve usar tornozeleira eletrônica

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 21 jun 2017, 21h04 - Publicado em 21 jun 2017, 20h34

Condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de pacientes, o ex-médico Roger Abdelmassih, de 74 anos, obteve autorização da Justiça, nesta quarta-feira (21), para cumprir a pena em regime domiciliar. A Justiça de Taubaté, interior de São Paulo, concedeu o benefício ao preso, por entender que o ex-médico está acometido de enfermidades severas, passíveis de agravamento no regime carcerário. Desde o dia 18 de maio, Abdelmassih está internado em um hospital da cidade com broncopneumonia. Com a decisão, quando receber alta, ele vai para casa, mas deve usar tornozeleira eletrônica.

Os advogados do ex-médico vinham tentando conseguir um perdão judicial para o preso desde o ano passado. O indulto humanitário pode ser concedido a presos que têm doença grave permanente, com limitação severa nas atividades, exigindo cuidados contínuos, que não podem ser dados na prisão. O pedido dos advogados já havia sido negado em outras ocasiões. Desta vez, o juiz levou em conta laudos médicos que indicaram o agravamento de suas condições de saúde nos últimos meses e autorizou apenas a prisão domiciliar.

Além de usar tornozeleira eletrônica, o ex-médico não poderá deixar a cidade sem autorização judicial. Ele pode, no entanto, se deslocar para tratamento médico de urgência. A reportagem não conseguiu contato com o representante do Ministério Público Estadual que acompanha o caso.

A defesa do ex-médico afirmou que Abdelmassih apresenta problemas cognitivos além de um quadro severo de insuficiência cardíaca. Ainda afirmaram que a autorização de prisão domiciliar será reavaliada a cada três meses.

No Facebook, Vanuzia Leite Lopes, vítima do médico, afirmou que estava “aos prantos, decepcionada com o fato de que o monstro Roger Abdelmassih vai para casa”, ao saber da decisão. Disse também que as outras vítimas estavam escrevendo para ela “com medo”.

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Especialista em reprodução humana, Roger Abdelmassih chegou a ser condenado em 2010 a 278 anos de reclusão por 48 crimes de estupro contra 37 pacientes entre 1995 e 2008. Uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, permitiu que recorresse da sentença em liberdade. Em 2011, com a decretação de sua prisão, ele foi considerado foragido e passou a ser procurado também pela Interpol, polícia internacional.

 

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