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Luciana Chinaglia recolhe alimentos e doa a instituições carentes

Ela criou a ONG Banco de Alimentos, que leva comida a 22 000 pessoas em São Paulo

Por Júlia Gouveia
Atualizado em 5 dez 2016, 15h19 - Publicado em 17 jan 2014, 17h20

Em sua casa, a economista Luciana Chinaglia cozinha apenas para o namorado e os três filhos. No entanto, diariamente ela proporciona refeições para mais de 22 000 pessoas na capital. A receita para preencher tantos pratos vazios é a Banco de Alimentos, criada para coletar produtos que seriam desperdiçados por mercados ou empresas e doá-los a instituições carentes. Sua relação com o tema vem desde os anos 90. “Naquela época, eu distribuía panetones a orfanatos e costumava voltar para casa arrasada por causa do abandono”, lembra. “Até que, em 1998, parei de ficar só pensando no assunto e decidi tomar uma atitude.”

Com um orçamento mensal de 90 000 reais e treze funcionários, a ONG arrecadou mais de 5 milhões de quilos de comida nesses dezesseis anos. De segunda a sexta, três caminhonetes recolhem as doações e as entregam em 43 entidades sociais — como a Santa Casa de Misericórdia, na Vila Buarque, onde a ajuda chega a 5 000 pessoas, e o albergue Arsenal da Esperança, no centro, com 2 000 beneficiados. A ação recebe o simpático nome de “colheita urbana”. A rede de distribuição conta com cerca de 200 doadores, entre mercados municipais, supermercados como Pão de Açúcar, St Marche e Sonda, que colaboram com hortifrutigranjeiros, e empresas como Danone e Wickbold. Há uma série de regras para as entregas: não são aceitos alimentos já processados(sobras de restaurante, por exemplo), eles precisam ter um prazo de validade mínimo de dois dias e a embalagem deve estar intacta.

Durante os primeiros anos, um dos principais obstáculos para a atuação da instituição era justamente a resistência de empresários em entregar as sobras, por medo de sofrerem processos caso estivessem estragadas. Hoje, cada parte assina um documento confirmando que doou ou recebeu os artigos em perfeitas condições. “Temos de criar a cultura de doar alimentos para não virar as costas aos necessitados”, afirma Luciana.

Nome: Luciana Chinaglia

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Profissão: economista

Atitude transformadora: criou uma ONG que distribui comida para mais de 22 000 pessoas carentes na capital

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