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A avenida Engenheiro Caetano Álvares torna-se um pólo noturno da Zona Norte

Nos últimos doze meses houve um grande número de inaugurações de bares na região do Mandaqui

Por Fabio Wright
Atualizado em 5 dez 2016, 19h27 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Sexta-feira, 10 e meia da noite. Na altura do número 5300 da Avenida Engenheiro Caetano Álvares, na região do Mandaqui, o trânsito está lento. O motivo da aglomeração de veículos nesse horário se encontra poucos metros adiante: aquele trecho da via abriga agora a nova “prainha” noturna da Zona Norte. Não raro dividindo paredes, uma porção de bares instalou-se ali, todos concentrados num intervalo de 400 metros. Mesinhas na calçada aos montes, burburinho de clientes a pé e fila para deixar o carro com o manobrista compõem o cenário, que faz lembrar as fervilhantes ruas Aspicuelta, na Vila Madalena, e Atílio Innocenti, na Vila Olímpia. Acesso para bairros como Tucuruvi, Santana e Água Fria, a Engenheiro, como é chamada por muitos freqüentadores, mudou bastante de perfil nos últimos anos. Foi a família Fernandes, dona do célebre boteco Bar do Luiz Fernandes, a pioneira no pedaço. Em 1993, abriu a Cervejaria do Luiz e, dez anos mais tarde, na esquina em frente, o Bar do Luiz Grill. “Até 2004, a avenida era praticamente deserta à noite e conhecida apenas pelo grande número de revendedoras de carros”, conta Luiz Eduardo Fernandes, filho do fundador.

O boom de inaugurações deu-se, sobretudo, nos últimos doze meses. Desde então, oito endereços somaram-se aos cinco já existentes. Com tamanha densidade de bares, a Engenheiro Caetano Álvares passou a rivalizar em agitação com a Luís Dumont Villares, o principal pólo noturno da Zona Norte. E também começou a atrair a atenção dos empresários do setor. Prova disso é que dois disputados barzinhos da Dumont Villares ganham filhotes na Engenheiro – o Mandacá foi aberto pelos mesmos sócios do Adega Original, enquanto o Engenho da Villa é cria dos donos do Aldeia da Villa. “Atendemos até 900 pessoas num fim de semana”, calcula Vlaldeir Ferrite, um dos proprietários do Engenho da Villa, que promove shows de pagode e pop rock de quarta a domingo.

Alguns lugares impressionam pelas instalações. Na ativa há um mês, o Estação Mandaqui tem pé-direito altíssimo (de 6 metros), dois tetos retráteis e decoração com motivos ferroviários. A ambientação é igualmente o forte da Mercearia Seu Antonio, inaugurada em fevereiro. “Minha inspiração foi o Salve Jorge”, admite o sócio Rogério Francisco, ex-gerente da famosa cervejaria da Vila Madalena e do centro. Entre as semelhanças estão a cozinha envidraçada, as prateleiras repletas de objetos antigos e um lustre de cristais checos e Swarovski, com 1?500 pingentes. Outro sucesso do pedaço é o Caetano’s Bar. A casa já passou por duas ampliações – a última delas foi dois meses atrás – e comporta hoje 340 pessoas. Mesmo assim, há espera nos fins de semana. Seus proprietários abriram no ano passado o Villa Caetano’s, de perfil mais arrumadinho e familiar. “A avenida está ganhando fama e tem despertado a curiosidade de clientes de bairros distantes, como Pinheiros, Moema e Mooca”, afirma Vilso Dargas, um dos donos. Na avaliação dele, porém, foram abertas muitas casas de uma vez. “Apenas as melhores sobreviverão.”

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