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Por Arnaldo Cheixas
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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Sessão de terapia na TV e na vida real

Por que tanta gente coloca sua TV na GNT para assistir a Sessão de Terapia nas noites durante a semana? A segunda temporada do seriado, que termina nessa semana, não começou com a mesma audiência da primeira mas, ainda assim, está bem inserida no cotidiano do brasileiro. É vista e comentada por muitas pessoas nos […]

Por VEJASP
Atualizado em 26 fev 2017, 23h30 - Publicado em 21 nov 2013, 21h02

SessãoTerapia12

Por que tanta gente coloca sua TV na GNT para assistir a Sessão de Terapia nas noites durante a semana?

A segunda temporada do seriado, que termina nessa semana, não começou com a mesma audiência da primeira mas, ainda assim, está bem inserida no cotidiano do brasileiro. É vista e comentada por muitas pessoas nos mais variados ambientes das cidades brasileiras.

Trata-se de uma adaptação nacional da premiada série israelense Be Tipul. Do original não vi nada. Da primeira temporada brasileira, vi, durante uma viagem de avião, a sessão inicial de cada paciente. Inteira, vi a primeira temporada da versão estadunidense (In Treatment). Pelo que notei, o texto é quase o mesmo com algumas adaptações locais. Por exemplo, na série brasileira há um paciente atirador de elite (Breno). Na versão ianque, trata-se de um piloto de caça da força aérea (Alex). Mas as demandas e o roteiro são os mesmos. Da segunda temporada nacional (transmitida atualmente pela GNT de segunda a sexta, às 22h00), vi apenas um ou outro episódio porque tenho que atender meus próprios pacientes durante a semana (acompanhar diariamente provocaria uma overdose de terapia em mim).

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O que desperta o interesse nas pessoas me parece ser a identificação com os personagens, que são uma representação bem elaborada de pessoas comuns com suas mazelas cotidianas. Não há apelos comerciais no seriado, o que lhe confere bastante realismo. Eu mesmo me identifico vez por outra com o terapeuta ou com esse ou aquele paciente.

Creio que a consultoria técnica seja muito boa, porque há detalhes interessantes no curso das histórias. Um exemplo é a ocorrência de manifestações patológicas durante algumas sessões, coisa que de fato acontece na clínica. Ou a curiosidade que alguns pacientes têm em relação a aspectos pessoais da vida do terapeuta.

Também tem algo real bem retratado no seriado. No imaginário dos pacientes, o terapeuta é um indivíduo bem resolvido que não carrega angústias ou, se as carrega, deve lidar sempre da melhor maneira. Na verdade, qualquer terapeuta tem suas próprias contradições, medos e comportamentos mal adaptados. Até porque, na terapia, não se trata de o terapeuta ensinar coisas ao paciente, ensinar como se comportar nas situações críticas de sua vida. A terapia, na verdade, é um processo de autoconhecimento. O papel do terapeuta é, portanto, o de ajudar o paciente a olhar para si. É como se o terapeuta estivesse segurando um espelho enorme na frente do paciente para que este se veja de ângulos diferentes com o auxílio do terapeuta.

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Tem outro aspecto que confere uma gravidade às situações de terapia no seriado. É a trilha sonora. As músicas são muito bem selecionadas. Conversando com um amigo terapeuta, comentei que é engraçado imaginar uma mesa de sonoplastia no consultório real, porque a música tem mesmo o poder de evocar emoções importantes. Pode-se dizer que a música “dá um up” nas sessões do Theo.

Com todo esse conjunto, é natural que Sessão de Terapia tenha rompido as fronteiras de Israel e esteja fazendo sucesso em vários países (Itália, Argentina, Japão, Canadá, EUA e outros).

Boa sessão para você! Na tela e na clínica do seu terapeuta!

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