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32 homens na cama ao longo de dois anos: a saga de uma mulher traída para resgatar a autoestima

Um amante a cada quinze dias ou, no máximo, um mês. No total, em dois anos, foram 36 homens diferentes nas mais diversas camas. A autora dessa proeza é Isabel Dias, uma consultora de empresas de 50 e poucos anos (autodeclarados; ela não quis revelar a idade exata). A saga sexual começou em 2010, após descobrir […]

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 26 fev 2017, 15h50 - Publicado em 19 out 2015, 19h04
Isabel Dias: "Mais do que uma vingança, eu queria para mim também essa liberdade masculina, ter prazer, encontros, uma experiência que até então nunca havia me permitido" (Foto: Reprodução Facebook)

Isabel Dias: “Mais do que uma vingança, eu queria para mim também essa liberdade masculina, ter prazer, encontros, uma experiência que até então nunca havia me permitido” (Foto: Reprodução Facebook)

Um amante a cada quinze dias ou, no máximo, um mês. No total, em dois anos, foram 36 homens diferentes nas mais diversas camas. A autora dessa proeza é Isabel Dias, uma consultora de empresas de 50 e poucos anos (autodeclarados; ela não quis revelar a idade exata). A saga sexual começou em 2010, após descobrir que seu então marido e único namorado, alto executivo de uma empresa de engenharia, a traía com quatro mulheres ao mesmo tempo. Mais do que se vingar, ela estabeleceu uma meta para resgatar sua autoestima: transar com um homem para cada ano em que passou casada. No ano passado, quando concluiu sua saga, decidiu abrir um blog, o 32, e nesta terça (20), às 19h, lançará o livro autobiográfico com o mesmo título (e cheios de detalhes picantes!), na Livraria da Vila Higienópolis, com 15 000 exemplares. Mãe de três filhos entre 28 e 31 anos, ela fala sobre seu “projeto”:

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No blog e no livro, você fala abertamente sobre a traição que sofreu e de suas próprias aventuras amorosas. O que a levou a publicar suas experiências?

Como eu, muitas mulheres se veem no dilema entre seguir com um casamento sólido, mas falido, ou romper com tudo, ficar livre, mas ao mesmo tempo, sem a segurança financeira e emocional desse status de ser esposa. Quis mostrar a outras mulheres de 50 e poucos anos que é possível ter prazer, reconstruir sua carreira profissional, viver aventuras e se redescobrir. No blog, recebo muitos comentários. Ajudei muitas mulheres a tomarem coragem para dar um basta em seu dia a dia de frustrações.

Na capa de seu livro, a autora pretende estampar 32 mulheres que também superaram a traição (Foto: Reprodução Facebook)

Na capa de seu livro, a autora pretende estampar 32 mulheres que também superaram a traição (Foto: Reprodução Facebook)

Como chegou à equação dos 32 homens?

Meu ex-marido tinha sido meu único homem. Vivíamos em uma relação estável, uma vida sexual rotineira, mas satisfatória, e eu sonhava com nossas aposentadorias, andando com ele de mãos dadas em uma praia tranquila. Descobri a primeira traição em 2006. Na época, ele chorou, disse que eu era a mulher da vida dele, que jamais repetiria novamente. Durante quatro anos, fiz vista grossa, até que em 2010, soube que além de manter a mesma amante, ele tinha outras três! Eu teria que escolher: ou seguiria nessa vida do “faz de conta”, desfrutando do elevador privativo e das contas pagas, ou encararia a verdade e mudaria de vida. Resolvi encarar a verdade. Durante nosso casamento, ele teve várias mulheres. E eu, em minha vida inteira, só ele. Mais do que uma vingança, eu queria para mim também essa liberdade masculina, ter prazer, encontros, uma experiência que até então nunca havia me permitido…

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Seu ex-marido não a ameaçou por causa do seu projeto?

Nunca soube da reação nem da opinião dele. Nem me interessa. Durante os sete primeiros meses da nossa separação, vivemos no mesmo apartamento de 280 metros quadrados em um prédio luxuoso de uma unidade por andar em Jundiaí, até acertar detalhes do divórcio. Foi uma tensão! Durante todo o período, eu suava frio ao colocar a chave na fechadura, porque ele poderia ter trocado. Não conversávamos. Éramos estranhos. Depois, eu me mudei para um apartamento de 100 metros quadrados no bairro da Consolação, em São Paulo. Aqui, coloquei meu plano em prática: fiz um perfil no Par Perfeito (rede social de encontros), inventei um codinome, Estela, e comecei a minha saga de conhecer 32 homens. Só voltei a conversar com meu marido no dia do divórcio e outras duas vezes, por conta dos nossos filhos. Eu me separei dele, mas ele segue um bom pai.

E seus filhos? Como eles encararam suas aventuras amorosas?

São adultos e sempre me apoiaram. Jamais seguiria adiante com o blog ou com o livro sem o aval deles. Eles passaram a me ver como uma pessoa, não como uma mãe. Para mim, foi libertador.

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No meio do projeto, não teve nenhum relacionamento que a deixou com vontade de largar tudo?

Teve sim, foi o 18º. No livro, eu o descrevo como Alfredo, o apaixonante. Ele tinha 56 anos, era um feio charmoso, com um corpo incrível, esportista. Além do sexo maravilhoso, era uma excelente companhia: bem humorado, gentil, educado, culto… Até que ele começou a me ligar e eu não retornava. Eu estava em dúvida entre seguir a lista adiante ou parar. Quando eu decidi ligar, ele nunca mais retornou. Nosso relacionamento durou um mês.

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Alguns de seus amantes eram casados. Para você que foi traída, qual a sensação de ser a outra?

Na infidelidade, o problema não é o amante, mas aquele que trai. Nunca me senti culpada. Mesmo porque sabia que aquela relação não seguiria adiante, não acabaria com o casamento de ninguém. Era um projeto.

E quando chegou no homem 32? Qual a sensação?

Foi com Ricardo, o experiente. Ele me levou num clube de suingue. Até então, nunca havia pensado em nada igual. Foi assustador, mas ao mesmo tempo, muito gostoso, intenso. Primeiro observei o movimento, no final conhecemos um casal e decidimos  fazer a troca. Foi muito bom! Um final com “chave de ouro”. Mais do que uma vingança, foi muito bom me descobrir uma nova mulher: independente, dona dos meus desejos. Hoje, graças a essa experiência desses dois anos, eu me sinto plena. Mas não repetiria o suingue. Foi bom naquele momento, saciei minha curiosidade e pronto (risos).

E agora que acabou? Quais seus planos?

Deletei meu perfil no Par Perfeito. Não tenho namorado e também não estou à procura. Ainda acredito no amor, no relacionamento, mas ainda não apareceu ninguém. Enquanto isso, desfruto minha vida solteira, que está uma delícia. O padrão de vida da época de casada caiu, mas nossa… em compensação tenho tantos prazeres. Antes, eu viajava todo ano para o exterior. Em cinco anos de separação, só neste último março peguei um avião para fora do país. Fiquei 45 dias em Nova York para aprender a dominar o inglês. Não fiz compras, voltei com a mesma mala. Mas foi tão gostoso voltar a estudar, passear sozinha pela cidade… Dos 32 homens, fiquei amiga de três. Não tive nenhum susto ou experiência ruim. Agora, quero me tornar palestrante sobre sexualidade e assuntos femininos.

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