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Imagens da cidade de São Paulo pelo fotógrafo Mário Vázquez Amaya.
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Nasce a ciclovia mais importante de SP

Como este não é um blog de política, a discussão sobre quem faz e como se faz o projeto cicloviário da cidade não ocorrerá aqui. Mas vou deixar registrado que sou um dos que tiram proveito da grande mudança que está em curso. Tenho nas pernas mais de 20 anos de uso de bicicleta como transporte regular – não lazer […]

Por Mario Vázquez Amaya
Atualizado em 26 fev 2017, 19h22 - Publicado em 10 jan 2015, 22h37

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Como este não é um blog de política, a discussão sobre quem faz e como se faz o projeto cicloviário da cidade não ocorrerá aqui. Mas vou deixar registrado que sou um dos que tiram proveito da grande mudança que está em curso. Tenho nas pernas mais de 20 anos de uso de bicicleta como transporte regular – não lazer -, mas ultimamente tinha deixado a minha mountain bike de lado e me resignado a pegar metrô e ônibus (e também dirigir!), porque o trânsito de São Paulo não para de ficar mais e mais psicótico, denso, violento e sufocante para quem não tenta se proteger dentro de um casco de metal.

Não obstante, o número de ciclistas está sempre em alta. A avenida Paulista é hoje o local mais trafegado por bicicletas em missão de transporte – não lazer – na área central da cidade, pois embora seja perpendicular às vias que ligam o centro histórico aos bairros ricos, é um conveniente eixo de tráfego no topo plano do espigão que divide as águas entre os vales do Tietê e do Pinheiros. A falta de boas vias paralelas próximas só intensifica a concentração de bicicletas ali.

A avenida é disputada metro a metro por carros, caminhões, ônibus e motos (e os terríveis pedestres que insistem em cruzar fora das faixas). A bicicleta ocupa menos espaço que qualquer outro veículo e não gera congestionamento – mas é a coisa mais indesejada pelos condutores. Para um ciclista percorrer a Paulista, hoje, existem duas opções. Uma é andar à esquerda dos ônibus e brigar com os carros e caminhões. A outra é andar à direita dos ônibus…

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…e confiar demais na sorte para não ter o mesmo destino de outras pessoas que morreram recentemente dessa exata forma, e hoje são homenageadas por fúnebres bikes brancas plantadas como lápides à margem da avenida.

O que existe hoje é uma “ciclofaixa” que contempla exclusivamente o lazer do domingo.

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Repare que já tinha escrito antes “não lazer” com ênfase. O público de lazer de fim de semana não deve ser o principal alvo de um sistema cicloviário permanente. Separar um pedaço de uma avenida para dar umas voltinhas no domingo já é melhor do que nada, mas não presta benefício a quem usa a bike realmente a sério e corre o risco diário de terminar embaixo das rodas de um ônibus.

Eis então que a ciclovia da Paulista, como por milagre, começou a ser construída. Num intervalo da obra, enfiei-me na área isolada e tornei-me um usuário antecipado do novo caminho.

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O canteiro central (que não passa de uma simples tampa de concreto em quase todo o trajeto) está sendo demolido. O alargamento necessário toma uma largura bem menor que a de uma faixa normal.

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Vai ser interessante voltar daqui a alguns meses e fotografar os mesmos locais dos mesmos pontos de vista.

Provavelmente os cafonas postes de luz espelhados serão a única coisa e não sofrer modificação com a obra. Por que não aproveitar e fazer um selfie num deles?

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