Basta você dizer chega de bala, refrigerante não e salgadinho nem p-e-n-s-a-r… pra ser tornar a mãe mais chata do planeta. É isso? Em parte, porque se você orientar direitinho – e desde pequeno – o seu filhote, ele até poderá ter algumas preferências do gênero (e quem não gosta de hambúrguer com batata frita?), mas vai entender a importância de comer bem, sem viver apenas de açúcar e afins.

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Só não adianta dizer pro cara aquele rotundo não, enquanto você bebe mais um gole de Coca-Zero. Pelo amoorrrr. A obesidade infantil é um tema sério. Bem sério. E pior: alarmante. Cresce no mundo todo. A briga mirim contra a balança assusta: 41 milhões de crianças, com até 5 anos de idade, sofrem de obesidade ou estão com sobrepeso em 100 países, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 1990, esse total era de 31 milhões. No Brasil, 1/3 das crianças (de idades variadas) está acima do peso ou obesa.

Segundo números da OMS, a coisa piora em países mais pobres. Afinal, comida fresca, saudável e com ingredientes de qualidade demandam tempo e dinheiro. Uma bandeja de morangos orgânicos está pela hora da morte, mas quem não tem opção (às vezes, nem o que comer) manda ver no que vem pela frente. Só que, convenhamos, tem muita gente preguiçosa que terceiriza a comida do filho. Ou pra não ter trabalho, ou pra não escutar a birra. Sim, criança bate o pé. Sou mãe. Mas como lidar com isso e com outras questões semelhantes?

Aha, chegamos onde eu queria. A obesidade infantil será um tema de debate “Virada da Saúde”, de São Paulo, no dia 9 de abril. Pais, mães, educadores e quem mais tiver interesse no tema poderão participar da discussão no Unibes Cultural, às 13 horas, logo depois da exibição do filme “Muito Além do Peso”. Uma coisa, aliás, esse filme.

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O debate será comandado por um trio de experts, formado pela nutricionista Mariane Savassi, pela psicóloga Ana Cláudia Onoshi e pela educadora física Lélia Barbosa. Elas vão bater um papo com o público sobre as questões levantadas no filme. Entre as quais: Por que existem tantas crianças obesas no Brasil? Qual a responsabilidade dos pais, do governo e das escolas? Por que a indústria é tão omissa?

Quem teve a chance de ver o documentário, dirigido por Estela Renner e produzido por Marcos Nisti, sabe que ali tem muitas dessas respostas. A começar pelo menino Yan…de 4 anos, bem gorducho, com problemas cardíacos e respiratório. O  filme, que percorre várias regiões do Brasil, ilustra esse drama da obesidade infantil de maneira corajosa. E, claro, faz a gente refletir sobre os nossos próprios hábitos alimentares, dos nossos filhos e de todo o resto. A atividade é de graça. A sugestão é que, quem puder e quiser, leve uma peça de roupa para doar ao Bazar Unibes Cultural.

Veja o trailer do filme e a opinião de especialistas- https://www.muitoalemdopeso.com.br/extras/

 Confira a programação de outros dias do evento:

 https://viradadasaude.org.br/saopaulo/

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