Um papo entre Cynthia Falabella e Natalia Gonsales, as protagonistas de “Chuva Não. Tempestade!”
Cynthia Falabella e Natalia Gonsales interpretam respectivamente a cabeleireira Teresa e a empresária Simone em “Chuva Não. Tempestade!” Em comum, as duas personagens têm o amor pelo mesmo homem. Escrito por Franz Keppler e dirigido por Rafael Primot, o drama estreia no Teatro Eva Herz no dia 11 e fica em cartaz nas quartas e […]
Cynthia Falabella e Natalia Gonsales interpretam respectivamente a cabeleireira Teresa e a empresária Simone em “Chuva Não. Tempestade!” Em comum, as duas personagens têm o amor pelo mesmo homem. Escrito por Franz Keppler e dirigido por Rafael Primot, o drama estreia no Teatro Eva Herz no dia 11 e fica em cartaz nas quartas e quintas, às 21h, até 30 de junho, com ingressos a R$ 50,00. Convidadas pelo blog, as atrizes bateram esse papo sobre teatro, amor, seus casamentos e solidão.
Cynthia – Como você acha que esse espetáculo deve chegar ao público?
Natalia – As reflexões, as imagens e as sensações são muito particulares. Eu, mesmo dentro do espetáculo, tenho a impressão de que essa peça aborda a desilusão daquele que coloca suas expectativas de vida no outro, principalmente no amor e no casamento. E quando amamos, muitas vezes, estamos dispostos a tudo para conquistar o outro. Porém, se a gente não busca um pouco da razão e do distanciamento a dor pode ser muito maior.
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Natalia – Algo se transformou em você depois do processo artístico que vivemos?
Cynthia – Claro. Todo processo remexe muita coisa dentro de mim. É uma peça sobre mulheres, amor, dependência, solidão. É exigida toda uma energia para contar essas historias. O prazer de estar em cena resulta nessa troca e em uma nova vivência.
Cynthia – Você seria mais Teresa ou Simone?
Natalia – Na vida podemos ter encontros que nos colocam como Simone ou como Teresa, não é? Todas nós estamos sujeitas a ser a mulher ou ser a amante. Mas hoje enxergo o quanto a mentira e a traição podem abrir feridas. Por isso, prezo pela verdade, por mais dolorida que seja. E principalmente pelo respeito em relação ao outro.
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Natalia – Você acredita que realmente dependemos do amor ou buscamos o outro para fugir da solidão?
Cynthia – Ah, cada um tem seu processo, mas o nosso maior medo é a solidão. Temos medo de ficar sozinhos e, às vezes, colocamos essa responsabilidade nas mãos do outro. E aí paramos de viver a nossa vida. É difícil, mas deveríamos olhar mais para a gente. Para que a relação seja saudável é bom cuidar mais disso.
Cynthia – Amor tempestuoso que tira o ar da gente ou um amor calmo e constante?
Natalia – Um encontro amoroso passa por diversas fases. Eu sou casada há 8 anos e percebo o quanto minha relação já passou por momentos distintos. Mas o que mantem viva qualquer história é o amor, independente de suas características.
Natalia – Qual é ou deveria ser a função do teatro nos dias de hoje?
Cynthia – Teatro é cultura, informação e tem uma função social. Mesmo que esteja sempre se reinventando, o teatro carrega a função de contar uma história viva e pulsante que possa modificar algo dentro das pessoas. Teatro deve instigar o público e, quem sabe, levá-lo a questionamentos nesse mundo cada vez mais individualizado.
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