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O setentão Chico Buarque tem obra teatral polêmica

+ Matéria publicada originalmente pela revista Bravo! em dezembro de 2009, na edição especial Chico! A disparada de Chico Buarque ao sucesso e às polêmicas começou sem ele mesmo perceber. Diante do estouro de “A Banda” no II Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, o compositor de 22 anos se viu alçado à […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 21h42 - Publicado em 18 jun 2014, 19h50
Chico Buarque: quatro peças escritas e apenas um argumento original (Foto: Fernando Seixas)

Chico Buarque: quatro peças e apenas um argumento original (Foto: Fernando Seixas)

+ Matéria publicada originalmente pela revista Bravo! em dezembro de 2009, na edição especial Chico!

A disparada de Chico Buarque ao sucesso e às polêmicas começou sem ele mesmo perceber. Diante do estouro de “A Banda” no II Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, o compositor de 22 anos se viu alçado à condição de unanimidade nacional. Mais de 50 000 compactos vendidos em poucos dias, um salário polpudo para comandar o programa “Pra Ver a Banda Passar”, ao lado de Nara Leão, e uma agenda de shows por cidades que o bem-nascido rapaz jamais havia situado no mapa. Recebido por autoridades, o novo ídolo desfilava a céu aberto em carros do corpo de bombeiros e era alvo de meninas desesperadas por um autógrafo ou, quem sabe, um contato mais próximo. “Não me lembro de ficar muito nervoso. Para mim aquilo era uma brincadeira”, contou ele, que, em 1966, enchia o bolso de dinheiro e, em 19 de junho de 2014, torna-se mais um ilustre setentão da cultura brasileira.

Tamanho assédio incomodava o tímido Chico, que não via a conexão de seu trabalho com toda essa popularidade, semelhante à dos ídolos da Jovem Guarda. Ele se mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro e, casado com a atriz Marieta Severo, passou a conviver com atores e diretores de cinema e teatro. Aproveitava para dar uma respirada da rotina de pop star compondo músicas para filmes, como “Um Chorinho”, incluída no longa “Garota de Ipanema” (1967), de Leon Hirszman. Testar linguagens não era novidade na sua recente carreira. Em 1965, a convite do psicanalista Roberto Freire, ele criou melodias para os versos do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto na adaptação teatral de “Morte e Vida Severina”. Sob a direção de Silnei Siqueira, o espetáculo venceu o IV Festival Internacional de Teatro Universitário de Nancy, na França, rendeu disco ao vivo e composições como “Funeral de um Lavrador”.

Tirando proveito da juventude e da energia criativa, Chico deu um novo passo: escrever a comédia musical “Roda Viva”, em 1967, a primeira de suas quatro peças e a única que partia de um argumento original. Suas incursões seguintes: “Calabar – O Elogio da Traição”, criada em 1972 a quatro mãos com o cineasta Ruy Guerra; “Gota d’Água”, escrita dois anos depois com o dramaturgo Paulo Pontes baseado no mito de Medeia; e “Ópera do Malandro” (1978), transposição de “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, para a Lapa carioca da década de 40. Essas três obras nasceram sob a inspiração de fragmentos históricos ou ficções alheias. Em comum, todas representaram uma tentativa de retratar um Brasil social ou politicamente oprimido perante o regime militar. As três primeiras com mais força do que a última.

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Chico Buarque com Marieta Severo e outros atores durante leitura da peça "Roda Viva"

Chico Buarque com Marieta Severo e outros atores durante leitura da peça “Roda Viva”

Chico Buarque começou a escrever “Roda Viva” em novembro de 1967. Parodiando o que via nos bastidores da TV Record, o novato redigiu a história do cantor e compositor Benedito Silva em apenas 25 dias. Aspirante ao sucesso no showbiz, o protagonista de “Roda Viva” busca uma chance para seus sambas na TV e, orientado por um empresário oportunista, é transformado em ídolo instantâneo. Rebatizado de Ben Silver, o personagem conhece o estrelato e sua vida vira um inferno. Qualquer semelhança seria mera coincidência? Chico projetou uma preocupação com o futuro se a bola de neve continuasse crescendo. “Escrevi para desanuviar”, justificou.

A montagem dirigida por José Celso Martinez Corrêa também ganhou a cena na urgência. Depois de três semanas de ensaios, devidamente acompanhadas pelo autor, a peça estreou no Teatro Princesa Isabel, no Rio, em 15 de janeiro de 1968. “A gente sabia que aquilo precisava chegar ao palco logo porque os dias seguintes pareciam ameaçadores”, afirma Zé Celso, que vinha da polêmica “O Rei da Vela” e criou uma encenação que, a todo custo, provocava o espectador, radicalizando a estética tropicalista. Heleno Prestes, Antonio Pedro, Marieta Severo e Paulo César Pereio lideraram o elenco de dezoito atores, que revelou André Valli, Zezé Motta e Pedro Paulo Rangel. O coro de quatro integrantes imaginados por Chico passou a ter doze pessoas na visão de Zé Celso e, em uma das cenas, todos representavam fãs em transe despedaçando um fígado de boi cru. Em outra, uma idealização de Nossa Senhora rebolava de biquíni diante de uma câmera de TV.

+ Leia entrevista com Zé Celso Martinez Corrêa.

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Marília Pêra e Rodrigo Santiago: montagem paulistana de "Roda Viva" (Foto: Cristiano Mascaro)

Marília Pêra e Rodrigo Santiago: montagem paulistana de “Roda Viva” (Foto: Cristiano Mascaro)

Muito menos que isso já chocaria a classe média admiradora do criador de “A Banda” que lotava o teatro. Bom rapaz, certamente Chico teria sido ludibriado e deturpado. A unanimidade começou a ruir. Então crítico do Jornal do Brasil, o jornalista Yan Michalski escreveu: “Roda Viva é um típico trabalho de um jovem estreante que procura com hesitação, insegurança e ingenuidade descobrir e dominar técnicas desconhecidas. Uma montagem convencional faria mais justiça a Chico Buarque”. Era o que muitos pensavam e, segundo Zé Celso, amigos do compositor, como o cronista Rubem Braga, envenenaram a relação dos dois, dizendo que o fundador do Teatro Oficina estaria se aproveitando do músico.

As críticas ou supostas intrigas pouco significaram perto do que se veria na temporada paulista, iniciada em julho do mesmo ano. No dia 18 daquele mês, logo depois de encerrada a sessão no Teatro Ruth Escobar, vinte homens encapuzados e armados de cassetetes destruíram cenários e figurinos, além de espancar integrantes da produção e os atores, entre eles Marília Pêra, que substituiu Marieta Severo em São Paulo. Quatro meses depois, o Comando de Caça aos Comunistas (CCC) voltaria à ação em Porto Alegre. Homens invadiram o Teatro Leopoldina e alguns atores, além de espancados e presos, foram vítimas de sequestro, sepultando a carreira de “Roda Viva” e azedando de vez as relações de Chico com os militares. Mais de quatro décadas depois, “Roda Viva” é a única obra renegada do autor, que não autoriza a reedição em livro e tampouco novas montagens. José Celso Martinez Corrêa lamenta esse repúdio, pois acha “Roda Viva” uma obra-prima – “o melhor de Chico, o mais contemporâneo” -, um texto visionário na época atual de culto às celebridades e de farto investimento em musicais. “Chico ficou traumatizado com a repressão política e também com a falta de compreensão de críticos como Barbara Heliodora, Yan Michalski e Macksen Luiz”, diz o diretor.

O diretor Heron Coelho pretende reencenar a peça repudiada pelo autor. Para convencer Chico, fia-se em sua amizade com Cristina Buarque e Ana de Hollanda, irmãs do compositor. Coelho já assinou duas versões de obras de Chico: as montagens de “Gota d’Água – Breviário”, em 2006, e “Calabar – Breviário”, dois anos depois. “Quero uma encenação centrada no poder da televisão junto ao público”, diz ele. Enquanto isso, o diretor reconhece que “Calabar – O Elogio da Traição” é o mais difícil dos textos de Chico e encená-lo foi uma missão árdua que culminou no fracasso da proposta. “Chico e Ruy Guerra estavam muito decididos a levar o discurso contra a ditadura e isso gerou problemas de dramaturgia, com personagem e situações mal resolvidas”, completa Coelho.

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Chico Buarque e o cartaz de "Calabar": censura na véspera da estreia (Foto: Amicucci Gallo)

Chico Buarque e o cartaz de “Calabar”: censura na véspera da estreia (Foto: Amicucci Gallo)

Escrita há mais de 40 anos, entre agosto e setembro de 1972, a obra remete a um período da história do Brasil do século 17: as invasões holandesas. Domingos Fernandes Calabar era um mestiço que, em 1632, quando a luta registrava uma espécie de empate, tomou partido dos holandeses. O “Elogio da Traição” de que fala o subtítulo da peça chamou a atenção do governo de Emílio Garrastazu Médici, nessa altura de olho fixo em qualquer vírgula sobre Chico. Em abril de 1973, Chico e Ruy Guerra amansaram os censores e procuraram o diretor Fernando Peixoto para assinar a encenação, cuja produção de 30 000 dólares, um dos valores mais altos da época, foi levantada pela dupla de atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro.

Entre setembro e outubro, uma equipe de 43 artistas, entre 38 atores e cinco músicos, encenou o texto e doze canções, como “Bárbara”, “Tatuagem”, “Não Existe Pecado ao Sul do Equador” e “Fado Tropical”, em uma casa de Ipanema, no Rio de Janeiro. Betty Faria, que interpretava a prostituta Ana de Amsterdã, conta que os ensaios eram bastante intensos e rigorosos. “Eu tinha uma vasta experiência em um teatro musical tradicional, inspirado no estilo da Broadway, e o Peixoto aplicava uma linguagem muito brasileira. Era aula de dança pela manhã, canto à tarde e texto à noite e, no dia do ensaio geral, no Teatro João Caetano, estava tudo pronto e lindo”, diz a atriz. “Quem viu, sabe disso.” Em entrevista à BRAVO!, em 13 de novembro de 2009, Betty não conseguiu disfarçar a emoção ao lembrar que, naquele exato dia, fazia 36 anos da proibição de “Calabar”. “A peça foi impedida de estrear na véspera, mais de 60 pessoas ficaram desempregadas e sem perspectivas de retomar o trabalho”, afirma a atriz, enquanto cantarola temas de sua personagem ainda vivos na memória, como “Vence na Vida Quem Diz Sim”. Sete anos mais tarde, em tempos de abertura, Fernando Peixoto montou “Calabar” em São Paulo. Os atores Renato Borghi, Marta Overbeck e Othon Bastos encenaram o espetáculo, que se revelou datado e foi um fracasso de público.

Bibi Ferreira e Roberto Bonfim em "Gota D'Água" (1975): Medeia suburbana (Foto: Chico Nelson)

Bibi Ferreira e Roberto Bonfim em “Gota D’Água” (1975): Medeia suburbana (Foto: Chico Nelson)

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Se “Calabar” sucumbiu ao tempo, “Gota d’Água” mantém a atualidade. Veio do dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho a ideia de adaptar a tragédia grega “Medeia” para um especial da Rede Globo exibido em 1972, com Fernanda Montenegro. Abatido por um câncer, Vianninha não conseguiu levar seu argumento para o palco, e Chico e o também dramaturgo Paulo Pontes encamparam a missão, em 1975, inserindo na tragédia de Euripedes fortes relações com a realidade nacional. Em um conjunto habitacional carioca, a Medeia brasileira virou Joana, mulher madura, batalhadora e completamente apaixonada pelo pai de seus dois filhos, o jovem compositor Jasão. Ambicioso e disposto a ouvir seus sambas nas rádios, ele se envolve com Alma, filha de Creonte, empresário e dono das casas da comunidade. A abandonada e amargurada Joana, no ápice trágico, mata suas crianças em vingança ao ex-amado.

Escrita na forma de 4 mil versos, sem que isso fique artificial ou inadequado na voz de tipos populares, “Gota d’Água” foi um salto na atribulada carreira teatral de Chico. Uma inspirada trilha formada por “Bem Querer”, “Flor da Idade”, “Basta um Dia” e o tema-título embala a trama de ciúme, relações de poder e dominação social, representada com força poética e dramática. “É de longe sua obra mais bem resolvida”, diz o crítico teatral Sábato Magaldi. Dirigida por Gianni Ratto, a montagem estreou em dezembro de 1975 no Rio e transformou-se em clássico. Grande parte desse êxito deve-se à célebre interpretação de Bibi Ferreira como a protagonista, secundada por Roberto Bonfim, Oswaldo Loureiro e Bete Mendes, além de outros quinze atores, sete músicos e dez bailarinos. A performance da atriz tornou-se referência e, por isso, Joana até recentemente parecia personagem exclusiva de Bibi.

"Gota D'Água - Breviário": Georgette Fadel e Cristiano Tomiossi como Joana e Jasão

“Gota D’Água – Breviário”: Georgette Fadel e Cristiano Tomiossi como Joana e Jasão (Fotos: Divulgação)

A paulista Georgette Fadel peitou o desafio em 2006 em “Gota d’Água – Breviário” em uma encenação compacta centrada nos conflitos sociais e elementos da cultura popular. “Meu único mérito ali foi abrir a boca. Joana e Medeia representam sombras tenebrosas que rondam nossa cabeça”, afirma a atriz, vencedora do Prêmio Shell por esse trabalho em 2007. Quase simultaneamente, a atriz Izabela Bicalho recriou Joana nos palcos cariocas. O diretor João Fonseca idealizou uma montagem mais fiel ao original, com três horas, respeitando a configuração do coro e puxando o gancho político para a exploração dos personagens e a crise de moradia. Fã de Chico Buarque, ele identifica características ímpares em “Gota d’Água”. “Trata-se de um musical sem a agilidade típica do gênero, traz poucas canções e os personagens têm páginas e páginas de texto”, compara.

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Embalado pela repercussão de “Gota d’Água”, Chico embarcou naquele que seria o mais popular de seus musicais, “Ópera do Malandro”. Trata-se da terceira versão de uma mesma história. Baseada na “Ópera dos Mendigos” (1728), do inglês John Gay, e na “Ópera dos Três Vinténs” (1928), dos alemães Bertolt Brecht e Kurt Weill, a obra teve a versão final editada pelo diretor Luiz Antônio Martinez Corrêa com colaboração de Marieta Severo, Maurício Sette, Rita Murtinho e Carlos Gregório. A atriz Maria Alice Vergueiro, que durante os ensaios hospedou-se na casa de Chico e Marieta, no Rio, testemunhou essas edições. “O Luiz Antônio não só cortou muito o texto como mexia na estrutura e nas palavras. Eu mesma participei de algumas discussões de mesa”, conta a artista, que interpretou a cafetina Vitória.

Marieta Severo entre Ary Fontoura e Otávio Augusto, ao fundo Nadinho da Ilha (terno branco), na peça "A Ópera do Malandro", de Chico Buarque de Holanda, dirigida por Luiz A. Martinez Correa.

Marieta Severo entre Ary Fontoura e Otávio Augusto: “Ópera do Malandro” e a contravenção na Lapa carioca

O resultado, lançado no Teatro Ginástico, no Rio, em julho de 1978, trouxe a alma e a personalidade de Chico Buarque. A Lapa carioca dos anos 40 é cenário de crime e prostituição, representados pela figura do contraventor Duran, que explora suas meninas alugando inclusive roupas, acessórios e maquiagens. Quer que sua filha Teresinha se una a um sujeito rico e de prestígio. Como não administra o coração da menina com o mesmo rigor dos negócios, Duran amarga o casamento de Teresinha com Max Overseas, um malandro sedutor e tão desclassificado quanto ele.

Sucesso imediato, a montagem protagonizada por Ary Fontoura (Duran), Otávio Augusto (Max) e Marieta Severo (Teresinha) trazia um Chico leve e bem-humorado. “A questão política ainda o movia, mas não com tanto peso como nos outros textos e, assim, criou um malandro tipicamente brasileiro e músicas com a carga dramática exata para um texto de comunicabilidade enorme”, analisa o crítico carioca Macksen Luiz. Das dezessete músicas, lançadas em disco em 1979, a maioria se tornou clássica em gravações independentes. “Geni e o Zepelim”, “O Meu Amor”, “Folhetim” e “Pedaço de Mim” estão entre elas. Uma versão cinematográfica ganhou as telas em 1986 sob a direção de Ruy Guerra, com Chico compondo novos temas, como “A Volta do Malandro”, “Último Blues” e “Palavra de Mulher”.

Em 2003, a dupla de diretores Claudio Botelho e Charles Möeller estreou a sua versão para o musical e ganhou aplausos entusiasmados de 100 mil espectadores no Rio de Janeiro, São Paulo e Portugal. A crítica Barbara Heliodora se encantou com a encenação protagonizada por Alexandre Schumacher, Soraya Ravenle, Alessandra Maestrini e Lucinha Lins. “Era uma excepcional produção, onde todos cantavam e dançavam muito bem, como deve ser em um musical”, diz Barbara, que não é fã do Chico Buarque dramaturgo.

Botelho confirma que, na adaptação, limou qualquer discurso político sob a alegação de que “hoje ninguém quer mais saber de ditadura” e confessa que gostaria muito de saber como seria o teatro de Chico Buarque atualmente. Nas três décadas que sucederam “Ópera do Malandro”, Chico compôs algumas trilhas antológicas, como a de “O Grande Circo Místico” (1983) e “Cambaio” (2001), ambas com Edu Lobo, mas aposentou de vez o dramaturgo. Quase não é visto em salas de espetáculos e dificilmente dá a honra de conferir as adaptações de sua obra. “Acho que ele não gosta mesmo de teatro”, arrisca Botelho. O fato é que as canções das peças ganharam voz própria e maior eco que os enredos.

Alexandre Schumacher, Mauro Mendonça e Lucinha Lins na peça "Ópera do Malandro", de Chico Buarque de Hollanda, dirigida por Charles Moeller e Cláudio Botelho

Alexandre Schumacher, Mauro Mendonça e Lucinha Lins na peça “Ópera do Malandro”, dirigida por Charles Moeller e Cláudio Botelho

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