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Nilton Bicudo transita pela ironia, escracho e melancolia em “Myrna Sou Eu”

Ninguém jamais soube se Myrna era loira ou morena. Para alguns, ela poderia ser uma europeia ou até uma asiática. As leitoras do Diário da Noite, nos idos de 1949, só carregavam uma certeza. Tratava-se de uma mulher que distribuía conselhos sentimentais nas páginas do jornal com autoridade e algum conservadorismo. O ator Nilton Bicudo […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 27 fev 2017, 10h32 - Publicado em 13 jun 2013, 20h04

Bicudo como a conselheira sentimental (Foto: Alexandre Virgílio)

Ninguém jamais soube se Myrna era loira ou morena. Para alguns, ela poderia ser uma europeia ou até uma asiática. As leitoras do Diário da Noite, nos idos de 1949, só carregavam uma certeza. Tratava-se de uma mulher que distribuía conselhos sentimentais nas páginas do jornal com autoridade e algum conservadorismo.

O ator Nilton Bicudo criou uma imagem para representar no monólogo cômico Myrna Sou Eu o pseudônimo feminino do dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Elegante e sóbria em um terninho de ombreiras, a personagem surge no palco com um corte de cabelo Chanel grisalho e, diante de um microfone, reflete sobre os relacionamentos, as inquietações e a solidão feminina. E, a partir de agora, é assim que os fãs de Myrna vão imaginá-la. Pelo menos aqueles que assistirem ao espetáculo.

Sob a direção de Elias Andreato, Bicudo comprova mais uma vez a versatilidade e domínio de cena ao saltar da ironia para o escracho e ainda transitar pela melancolia em diversas passagens da montagem. É capaz de arrancar gargalhadas e, em seguida, transmitir uma amargura intrigante para a plateia. Um dos pontos altos é a hora em que recorre a fragmentos da peça Toda Nudez Será Castigada, escrita por Nelson em 1965, e transforma Myrna na emblemática personagem Geni. Nessa cena, a conselheira sentimental entra em desespero durante uma conversa telefônica com o namorado e, humana, contradiz boa parte de tudo o que prega.

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