Temos cada vez mais relógios cheios de funções, aplicativos que medem distância, cadência, velocidade, batimento cardíaco… E sem dúvida são ótimas ferramentas para acompanhar seus treinos e sua evolução e para você saber mais sobre corrida de maneira geral.

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Só que começo a enxergar um problema nisso: as pessoas estão viciadas na tecnologia e confiam cegamente no que é apontado na telinha do relógio ou do celular. Toda essa modernidade é bacana e ajuda. Mas, na real, antes de investir em um equipamento do gênero, você precisa apenas dominar o uso de um simples cronômetro e prestar atenção em sua percepção de esforço. Aprendendo como seu corpo se comporta, sem que uma máquina lhe diga isso, você certamente encontra seu ritmo, sabe quando deve acelerar, quando tem de reduzir…

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O engraçado também é que muita gente toma os resultados do relógio ou do aplicativo como oficial. Daí que às vezes quer contestar a organização, exigir seu qualify, postar nas redes sociais um tempo que não foi reconhecido e se dizer injustiçado… Vamos ser claros: o que vale é a distância que foi aferida e tempo que foi registrado pela organização, que tem os meios certos de fazer esse trabalho. E ponto. Até porque os equipamentos usados pelos corredores muitas vezes demoram a pegar ou sofrem interferência em túneis e em determinados pontos do percurso.

Use a tecnologia como aliada à sua performance, mas não se torne escravo dela. E nunca deixe que tudo isso roube o prazer de simplesmente correr.

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