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Por Marcos Paulo Reis
Dicas sobre corridas para praticantes do esporte, por Marcos Paulo Reis.
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O risco de correr e voar (de avião)

Por Josivan Lima Não é raro usarmos o termo “fulano voou na prova” referindo-se a um colega que correu muito bem e teve uma ótima performance. Neste artigo iremos nos referir a voar no sentido estrito: de avião. Cada vez mais combinamos corrida com turismo e com a participação crescente de brasileiros em provas no […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 27 fev 2017, 00h47 - Publicado em 15 ago 2014, 18h08
FOTO: Latinstock

FOTO: Latinstock

Por Josivan Lima

Não é raro usarmos o termo “fulano voou na prova” referindo-se a um colega que correu muito bem e teve uma ótima performance. Neste artigo iremos nos referir a voar no sentido estrito: de avião. Cada vez mais combinamos corrida com turismo e com a participação crescente de brasileiros em provas no exterior, tomar um avião é hábito corriqueiro para se chegar ao local da prova e retornar para casa após a corrida. Há algum risco em correr após viagens longas ou viajar após uma maratona?

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Correr após uma viagem longa até que não traz problemas, mas o inverso pode ser bastante perigoso dependendo da duração do voo e da corrida. O perigo decorre da possibilidade de desenvolver um problema chamado trombose venosa profunda (TVP). Trata-se de uma condição na qual, diante de fatores predisponentes, forma-se um coágulo (trombo) em uma ou mais veias profundas do corpo, usualmente nas pernas, causando dor semelhante a câimbras. A formação deste trombo necessita de uma estase sanguínea, ou seja, que o sangue circule mais lentamente, e por isso é mais freqüente acontecer quando se passa muito tempo sentado em viagens de carro ou de avião. Além da dor na perna, um destes trombos pode migrar através da corrente sanguínea para o pulmão, levando a uma situação muito mais séria chamada de embolia pulmonar.

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Um dado alarmante mostra que cerca de 85% dos casos de TVP em aviões acomete atletas, principalmente maratonistas. Um estudo avaliou participantes da maratona de Boston, dividindo-os em dois grupos: os que moravam próximo ou em Boston e os que moravam distante e precisavam andar de avião por mais de quatro horas para ir e retornar da maratona. Este grupo apresentava valores mais elevados de um biomarcador clínico (d-dímero) usado para diagnosticar TVP, indicando maior risco para formar trombos.

Além da estase do sangue, esses atletas pós-prova geralmente têm mais dor muscular e contusões, o que aumenta mais ainda o risco de formar os trombos. A desidratação, comum após as provas, deixa o sangue mais viscoso, o que também contribui para a trombose. Idade mais avançada é um fator de risco a mais, porém 82% dos atletas que desenvolvem TVP têm menos de 60 anos.  O tempo de voo também é um fator de risco e há relatos de que 1 a 10% dos passageiros em voos com duração entre duas e dez horas podem apresentar algum grau de trombose venosa, geralmente não diagnosticada.

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O ideal é evitar voar logo após uma prova, mas se isso não for possível, recomenda-se não ficar muito tempo parado, sentado durante a viagem. Deve-se movimentar as pernas com frequência, flexionando-as a cada 15 minutos para ajudar a manter a circulação do sangue o mais próximo do normal. Outra conduta que ajuda a evitar a formação de trombos é usar meias de compressão. Se o voo é muito longo, outra opção é se programar previamente para fazer uma parada em alguma cidade, aproveitando para fazer turismo e reduzir o risco de trombose. Reconhecer os sintomas (panturrilha endurecida e dolorida, semelhante a uma câimbra, mas muito mais duradoura) precocemente é importante, pois o atraso no diagnóstico piora bastante o prognóstico, podendo causar até morte.

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