Manifestantes comemoram suspensão da posse de Lula (Mariana Oliveira/VEJA SÃO PAULO)

Um grupo de pessoas que estava na Avenida Paulista na manhã desta quinta (17) para protestar contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil comemorou a decisão da Justiça que vetou a entrada do petista no governo de Dilma Rousseff.

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O juiz Itagiba Catta Preta assinou a liminar que suspende a posse de Lula momentos antes da cerimônia realizada em Brasília. Cabe recurso da decisão.

No momento da comemoração na Paulista, os manifestantes quebraram um cordão de isolamento que a Companhia de Engenharia de Tráfego havia passado na avenida. As pessoas estão reunidas entre as Ruas Itapeva e Pamplona.

Houve também um tumulto quando um garoto vestido de camiseta vermelha foi agredido pelos manifestantes.

O secretário da Segurança de São Paulo, Alexandre de Morais, estava na região em foi hostilizado por jovens. “Ele bate em estudante”, gritavam. Após a ofensiva, o secretário deixou o local rapidamente.

Cerimônia

Em um discurso forte e combativo, a presidente Dilma disse que é preciso “superar os ódios” no país e afirmou que a “gritaria dos golpistas” não vai tirá-la do rumo, não vai “colocar nosso povo de joelhos” nem causarão “caos e convulsão social”.

Dilma fez muitas críticas à divulgação da gravação de sua conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que o fato coloca em risco todos os cidadãos brasileiros. “Os golpes começam assim”, disse.

“Estendemos a mão para todos aqueles que querem o bem do Brasil. Não exigimos nada a não ser o diálogo e a ação consertada”, afirmou. “Temos que superar os ódios e a atuação daqueles que não têm razão, não estão do lado da verdade e não terão força política para provocar o caos e a convulsão social”, acrescentou.

Imediatamente, os convidados à cerimônia da gritaram palavras de apoios à presidente. “Dilma, guerreira, mulher brasileira.”

A presidente disse que o País vive um momento ímpar em sua história, pois, segundo ela, o combate à corrupção tem sido realizado sem obstrução do governo. “Mas temos que reafirmar a centralidade dos direitos individuais, a normalidade nacional e a soberania da constituição.”

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