Ao Vivo – Manifestações de 17 de abril
Manifestações pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff se espalharam por todo o Brasil hoje (17/4) , quando o plenário da Câmara irá decidir sobre o processo. A votação será transmitida ao vivo pela TV. Na capital, o ato a favor do afastamento será na Avenida Paulista. O movimento Vem Pra Rua marcou a concentração para […]
Manifestações pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff se espalharam por todo o Brasil hoje (17/4) , quando o plenário da Câmara irá decidir sobre o processo. A votação será transmitida ao vivo pela TV.
Na capital, o ato a favor do afastamento será na Avenida Paulista. O movimento Vem Pra Rua marcou a concentração para as 14h na esquina com a Rua Pamplona, onde estará o carro de som com dois telões para a transmissão da votação no Congresso. No evento oficial no Facebook, o ato conta com 258 mil adesões até a manhã deste domingo (17). O Movimento Brasil Livre também está chamando para o ato no Paulista, com caminhão e telões próprios.
Os atos pró-governo, organizados pelos grupos Frente Brasil Popular e Povo sem Medo, que inclui a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional de Estudantes (UNE) e União Brasileira de Mulheres (UBM), começaram às 10h no Vale do Anhangabaú.
/*<![CDATA[ */
setTimeout(function(){live_blogging_poll("2725");}, 15000)
/*]]>*/
Presidente do PSDB de Pernambuco, o deputado Bruno Araújo deu o voto que garantiu o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O requerimento agora segue para o Senado. Caso os senadores julguem procedente o processo, a petista deverá ser afastada do cargo por 180 para que o processo seja analisado e julgado. Se for constatada irregularidades (ela é acusada de crime de responsabilidade fiscal), ela perde o mandato e fica inelegível por oito anos.
Após dar seu voto no plenário da Câmara, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu em direção ao parlamentar Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Wyllys, no entanto, não acertou o alvo, segundo Bolsonaro. Durante a votação, Wyllys mostrou-se irritado contra a abertura de processo de impeachment e condenou as falas de Bolsonaro, que exaltou o coronel Carlos Alberto Ustra, morto em 2015, e reconhecido pela Justiça como torturador durante o regime militar. Ao deixar o púlpito, Wyllys chamou os opositores de “canalhas”.
Confira o momento:
Jean Willys (de vermelho, à esquerda) dá uma cusparada na direção de Bolsonaro e se afasta rapidamente. pic.twitter.com/kG1AZTla2m
— Marcelo Rech (@marcrech) 18 de abril de 2016
Continua após a publicidade
O deputado federal Tiririca guardou segredo sobre seu voto até o último minuto. Mais votado parlamentar do Estado, ele votou sim pelo impeachment. Aos gritos de “palhaço” e “vai, abestado”, pelos manifestantes em frente ao Masp, o deputado foi bastante aplaudido após votar “sim”. Em frente ao carro do Vem Pra Rua também houve muita comemoração com a decisão de Tiririca de apoiar o impedimento. O voto, claro, motivou uma série de piadas na internet. Confira algumas:
#JPNoCongresso Tiririca votou…decepcionou porque estavam esperando ele cantar Florentina. #paisdapiadapronta
— Carlos Aros (@CalAros) 17 de abril de 2016
Tiririca é nosso, arrá, urru! Governo contava com voto dele, mas ele notou que palhaçada tem limite.
— Felipe Moura Brasil (@BlogDoPim) 17 de abril de 2016
Continua após a publicidade
Socorro! O Tiririca está da mesma cor de cabelo que eu!
— Walcyr Carrasco (@WalcyrCarrasco) 17 de abril de 2016
PRECISOU O TIRIRICA ENSINAR COMO SE VOTA
— Marcos Castro (@marcoscastro) 17 de abril de 2016
Dep.@tiriricanaweb TIRIRICA!!!!!!! Fofo, amado, querido!! 😀 Obrigada!
Continua após a publicidade— Ana Paula Vôlei (@AnaPaulaVolei) 17 de abril de 2016
Apoiador do tucano Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014, o apresentador Luciano Huck postou, neste domingo (17), uma mensagem sobre o momento político pelo qual o país está passando. Em seu perfil no Facebook, Huck afirmou que o Brasil precisa de novas ideias, mas não revelou se é a favor ou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Tenho opinião, mas não vou compartilhar aqui hoje porque não é dia”, escreveu.
O global pediu tolerância aos brasileiros. “A mensagem que quero compartilhar hoje é que seja um domingo de paz. Que impere a certeza que o diferente de você não é seu inimigo, apenas pensa diferente. Nem certo nem errado. Diferente”, afirmou. “Que este domingo nos leve para águas mais calmas, tranquilas e prósperas, sejam elas quais forem. Porque agora está uma m… para todos.”
A crítica dividiu os internautas. “Você não precisa opinar. Você precisa ler mais a história”, escreveu um usuária da web. “Luciano, o que me deixa triste e que vai sair um partido corrupto e vai entrar outro. Isso é uma falta de respeito com os brasileiros”, disse outro.
Confira a íntegra:
Tenho opinião. Mas não vou compartilha-la hj aqui, pq não é o dia.
Ter opinião na atual conjuntura do Brasil, significa estar “contra” ou “a favor”. Não tem conversa, troca de idéias e afins; ou vc é ou vc não é. Ou te xingam ou te aplaudem. Não tem meio termo.
Para mim “trocar idéias” com alguém, é de fato uma troca, se achar que a outra idéia faz mais sentido que a minha original, eu troco. Isso faz parte do processo de maturidade, de sabedoria, de construção de novas idéias.
O Brasil esta precisando de novas idéias, novos caminhos, resignificar a palavra “política”, que hj vem atrelada a corrupção, falta de boas práticas, falta de ética, falta de respeito pelo dinheiro público, falta de projetos inspiradores, faltas que não acabam mais.
E não estou falando de fulano, sicrano ou beltrano. Estou falando do conjunto da obra.
A mensagem, que sim quero compartilhar hoje, neste domingo histórico para a democracia brasileira; é que seja um domingo de paz, um domingo onde impere a certeza que o diferente de vc, não é seu inimigo, apenas pensa diferente. Nem certo, nem errado, diferente.
Que este domingo nos leve para águas mais calmas, tranquilas e prósperas sejam elas quais forem. Pq do jeito que esta, esta uma m… Para todos.
Na Avenida Paulista, em frente ao Masp, houve confusão, que logo foi apartada pela PM, chamada pelos coordenadores do MBL. Manifestantes chegaram a se agredir, mas foram separados.
No Anhangabaú, organização pede calma e que não haja violência ao fim da votação. Manifestantes ouvem os votos em silêncio, enquanto alguns já deixam o local. Já na Paulista, na altura do prédio da Fiesp, houve um pequeno corre-corre em direção à Rua da Consolação. Segundo relatos de ambulantes, foi uma tentativa de assalto. A polícia chegou quando o pessoal já tinha dispersado, mas não confirma nada.
Sem emprego desde outubro do ano passado, quando foi mandada embora de uma empresa de e-commerce (web motors), Carolina Aguiar, de 38 anos, aproveita a manifestação para vender os brigadeiros que ela mesma faz. “Hoje já foram 124 brigadeiros. Faltam só mais seis. Vou ter que ir para casa para pegar mais 80 e voltar para cá”, conta Carolina, que está na Avenida Paulista desde as 12 horas.
Paulinho da Força (Solidariedade) discursou na Câmara dos Deputados na tarde deste domingo (17). Antes de encerrar sua fala, o deputado cantou um música cuja letra pede que a saída da presidente. “Dilma vai embora que o Brasil não quer você. E leve o Lula junto e os vagabundos do PT”.
Confira o vídeo abaixo:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=DLY69K-BPgk?feature=oembed&w=500&h=281%5D
Que dia é esse??? Vocês viram o Paulinho – da Força – cantando ? Não, não posso crer… pic.twitter.com/z7rO2w5QF7
— Felipe Andreoli (@andreolifelipe) 17 de abril de 2016
O PT conseguiu fazer o Maluf denunciar esquema de corrupção e o Paulinho da Força chamar alguém de vagabundo. Qual a próxima?
— SNAP: danilogentili (@DaniloGentili) 17 de abril de 2016
É sério que Paulinho da Força cantou isso em plenário? Gente…..
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) 17 de abril de 2016
Ambulantes reclamam das vendas neste domingo (17). “Estão bem fracas”, diz o ambulante Jessé, de 21 anos. O vendedor, que está na Paulista desde as 6 horas, faturou apenas 20 reais. Na manifestação do dia 13 de março, chegou a ganhar 500 reais.
Muitos ambulantes aproveitaram a reunião dos movimentos populares na Avenida Paulista para diminuir o estoque de camisetas da seleção e bandeiras que sobraram desde a Copa do Mundo. É o caso de Valdir Bezerra, 46 anos, que diz vender camisetas desde a Copa de 1994. Com uma faixa “Fora Dilma e leva o PT com você” na cabeça, ele afirma não estar a caráter apenas para aumentar as vendas. “Dilma já deu. Não ganho bolsa nem auxílio nenhum, então posso o que penso”, diz. As camisetas da seleção custam 20 reais e os bandeirões 50 reais. “Na Copa, a gente vende muito mais do que em protesto. Ainda não vendi nada, mas o pessoal está começando a chegar agora”. Na Avenida Paulista, o preço de um Pixuleco varia de 10 a 20 reais, a depender do tamanho.
Cauê Del Valle, um dos coordenadores do MBL, confirmou algumas das atrações do trio do movimento. Às 14h, a banda Ted Marengos vai abrir o trio. Já confirmaram presença Lobão, o comentarista Marco Antônio Vila e o professor de filosofia Paulo Cruz. Entre os humoristas estão Cris Paiva, Rogério Vilela, Leo Lins, David Mansur, Danilo Gentili (que se apresentará à noite), Felipe Hamachi, Nil Agra e Zé Luís Martins. Integrantes do humorístico Pânico na Band farão esquetes. Márcio Lúcio, o Carioca, traz seu personagem Dilma do Chefe para o evento. Atração mais aguardada, Carreta Furacão chega a São Paulo às 15h e vem direto para a Avenida Paulista.
Integrantes da CUT informaram que a presença de Lula no protesto não faz parte da programação.
Movimento Vem Pra Rua promete transmitir a votação a partir das 14h. Montagem do telão ainda não foi concluída.
Um rapaz foi detido pela polícia na Avenida Paulista, neste domingo (17), acusado de cortar o pato inflável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A figura é símbolo da entidade para a campanha “Não vou pagar o pato – diga não ao aumento de impostos”. Após entrar na região do prédio da Fiesp, o acusado atravessou para o outro lado da via, de acordo com testemunhas. A polícia foi acionada e revistou o rapaz. Segundo policiais, ele portava uma faca. O suspeito foi algemado e encaminhado para a 78ªDP (Com Estadão Conteúdo).
Eduardo Suplicy chega a manifestação pró-governo no Anhangabaú. Perguntado se está confiante para a votação, disse: “Não sei, está difícil. Honestamente, prefiro não acreditar que isso possa acontecer. Com tudo o que fez, o Temer não pode assumir a presidência.” Entre pedidos de selfies dos manifestantes, acrescentou ter confiança no desempenho da presinte Dilma Rousseff. “Tenho certeza que a Dilma tem condições de se recuperar e colocar o Brasil nos trilhos”.
Linha 4 do Metrô está praticamente parada. O intervalo de circulação entre os carros é de mais de 20 minutos.
Manifestações de 17 de abril têm início em São Paulo