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Por Arnaldo Lorençato
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Restaurantes Fasano passam a administração da Hotel Marco Internacional

Grife italiana de alta culinária tem como sócia a incorporadora JHFS, mas grupo de casas continua sob o comando de Rogério Fasano

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h17 - Publicado em 20 jun 2014, 18h59

Fasano: “continuo como parceiro da Hotel Marco Internacional, empresa da construtora JHSF” (Foto: Mario Rodrigues)

A notícia poderia surgir como uma bomba no meio gastronômico: o Fasano, restaurante número 1 da alta cozinha italiana em São Paulo, trocou de mãos. Afinal, os Fasano representam uma das mais tradicionais grifes culinárias do país, iniciada por Vittorio Fasano no começo do século passado e hoje nas mãos da quarta geração da família.

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Bem, não é bem assim. A venda anunciada oficialmente é resultado de um acordo que vinha sendo costurado há mais de um ano pela vultosa quantia de 53 milhões de reais. Cabeça do Grupo Fasano, Rogério Marco Fasano estabeleceu um novo modelo de negócio com sua antiga parceira  JHSF, tradicional construtora de alto padrão e administradora de shopping centers, hoje conduzida por Zeco Auriemo. O restaurateur, que era dono com seus irmãos dos restaurantes com a grife de sua família, passou a administração dos doze estabelecimentos mais o bar Baretto para a empresa Hotel Marco Internacional, braço da holding da JHSF, assim como o direito de uso da marca, uma das mais cobiçadas no meio gastronômico.

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Com a transação, a sócia JHSF passa a deter 65% dos hotéis e restaurantes Fasano, enquanto Rogério e seus irmãos, Andrea e Fabrizio, têm agora  35% desse total. “Não existe mais a separação entre hotéis e restaurantes. É como se os restaurantes tivessem entrado nos lobbies dos hotéis”, explica de maneira simplificada. Antes, os Fasanos não tinham participação nos hotéis.

O valor chama a atenção mas não significa que os vendedores colocaram essa quantia na carteira. O montante equivale a 5,5 vezes o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos restaurantes, de R$ 9,6 milhões em 2013, mas não inclui o pagamento de dívidas, inclusive com bancos, que devem ser renegociadas nos próximos meses.

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+ Rogério Fasano e João Paulo Diniz desfizeram sociedade em 2006

O Grupo Fasano tem a JHSF como sócia há oito anos. Em 2006, a construtora ingressou no grupo ao adquirir a participação do empresário João Paulo Diniz, que detinha 50% do Hotel Fasano, nos Jardins, hoje transformado em rede de luxo com unidades em Porto Feliz (interior de São Paulo), Rio de Janeiro e Punta del Este, no Uruguai. No comunicado oficial sobre a aquisição, ressaltam-se os “ganhos de sinergia e a exploração da marca em outros segmentos do alto luxo em um único universo.”

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Embora os restaurantes passem a ser administrados por Paulo Antunes, CEO da Hotel Marco Internacional, Rogério Fasano reforça que nada mudou.  “Continuo presidente do Grupo Fasano e, agora, poderei me dedicar integralmente à qualidade dos cardápios, planejar novas casas,” diz.”. Tanto que não houve alterações nos planos de expansão idealizados por ele.

“Para abrir um restaurante da grife Fasano, cabe a mim a palavra final”, afirma. O foco do empresário é inaugurar mais duas casas, o bistrô Parigi, no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, e mais um Gero carioca, desta vez no Shopping Leblon. “Só não precisarei mais de cuidar da administração, coisa que não gosto de fazer”.

Os estabelecimentos envolvidos na negociação são: FasanoGeroParigiGero CaffèGero Caffè MezzaninoNonno RuggeroNonno Ruggero Cidade JardimTrattoria, em São Paulo; Fasano al Mare, Gero Ipanema e Gero Barra, no Rio de Janeiro; e Gero, em Brasília. Também integra a rede o bar Baretto, em São Paulo, sendo que a sua versão carioca, o Londra, é considerada parte do Fasano Al Mare. Os restaurantes dos hotéis de Porto Feliz e de Punta del Este não entram nessa conta, porque pertencem à JHSF e são apenas operados por Rogério Fasano.

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