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Por Arnaldo Lorençato
O editor-sênior Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Do fundo da panela: no Brasserie Victória

  Entre muitas pessoas que fizeram história nos restaurantes da cidade está a libanesa Victória Feres (1894-1991). Como ela gostava de contar, tinha nascido para ser princesa e não cozinheira. Nunca a encontrei pessoalmente, mas suas falas preciosas estão registradas em artigos publicados na imprensa e no ótimo livro “Memórias da Imigração: Libaneses e Sírios em […]

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Atualizado em 27 fev 2017, 13h19 - Publicado em 30 mar 2011, 22h19

Dona Victória na cozinha (Foto: Carlos Fenerich)

 

Entre muitas pessoas que fizeram história nos restaurantes da cidade está a libanesa Victória Feres (1894-1991). Como ela gostava de contar, tinha nascido para ser princesa e não cozinheira. Nunca a encontrei pessoalmente, mas suas falas preciosas estão registradas em artigos publicados na imprensa e no ótimo livro “Memórias da Imigração: Libaneses e Sírios em São Paulo”, do trio Betty Loeb Greiber, Lina Saigh Maluf e Vera Cattini Mattar (São Paulo, Discurso Editorial, 1998). Nas palavras da própria dona Victória, um revés financeiro e um marido pouco afeito ao trabalho a levaram à cozinha. Seu restaurante, o Brasserie Victória, surgiu em 1947, na Rua 25 de Março. No fim de 1982, ganhou a atual sede no Itaim.  Sorte nossa. Incansável, dona Victória passou a maior de sua vida preparando delícias de sua terra natal, hoje reproduzidas por seus descendentes. A melhor pedida continua sendo o quibe, tanto o cru quanto o frito, este no formato de uma bola de casquinha fina. 

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Quibe no formato de bola do Brasserie Victória (Foto: Arnaldo Lorençato)

Como ando nostálgico, aproveito para contar como conheci a culinária árabe. Na cidade onde nasci, havia um boteco, o Bar do Titio, do libanês Ratib. Era dona Nena, mulher dele, quem tomava conta da cozinha. Ela fazia esfihas maravilhosas, de massa fina, macia e bem elástica. Mas o que me encantava mesmo era a coalhada seca no formato de bolota e mergulhada no azeite. Ah, essa memória do paladar. Quanta saudade!

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