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Vinho da Semana: Nederburg Winemaster’s Reserve Noble Late Harvest 2011

O vinho desta semana traz alguns fatos inéditos aqui no Sede de Vinho: é o primeiro vinho sul-africano mencionado, o primeiro vinho de sobremesa (doce) e o nome de rótulo mais longo já visto nestas linhas (por isso vamos chamar de NLH – Noble Late Harvest). Sempre que me deparo com um vinho de sobremesa […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 22h51 - Publicado em 31 jan 2014, 19h59

O vinho desta semana traz alguns fatos inéditos aqui no Sede de Vinho: é o primeiro vinho sul-africano mencionado, o primeiro vinho de sobremesa (doce) e o nome de rótulo mais longo já visto nestas linhas (por isso vamos chamar de NLH – Noble Late Harvest).

vinho

Sempre que me deparo com um vinho de sobremesa o principal fator que observo é o equilíbrio entre doçura e acidez. Esta é a chave para despertar o interesse sobre sua origem, método de produção e variedades utilizadas. Se alguns vinhos seduzem pelo visual ou pelos aromas, os vinhos de sobremesa conquistam pela boca.
No caso do Nederburg Winemaster’s Reserve Noble Late Harvest 2011 (R$ 82,00, garrafa de 375 ml, na Casa Flora) a doçura é bastante intensa, 200 gr./l de açúcar residual, mas há acidez suficiente para não deixá-lo xaporoso e enjoativo. O vinho é produzido com as variedades chenin blanc (variedade branca típica do Loire, na França) e muscat de frontignan (da família da moscatel), na proporção de 79% e 21%, respectivamente. O termo “late harvest” indica que o vinho foi produzido com uvas colhidas tardiamente. As uvas são deixadas na videira para que amadureçam além do ponto de colheita para um vinho branco seco. As uvas são colhidas num estado próximo da uva passa, com açúcares concentrados (em parte, explica seu preço um pouco mais alto, imagine o rendimento do mosto de uvas passas) e colocadas para fermentar. Ao atingir a doçura desejada, o enólogo interrompe a fermentação (existem várias formas para se fazer isto) e não há adição de açúcar para o vinho ficar doce.
Um “plus” na produção de vinho é indicado pela palavra “Noble”. Isto não significa que o vinho seja nobre, mas que foi atingido pela podridão nobre. O fungo botrytis cinerea costuma atacar os bagos da fruta e provoca micro furos em sua casca. Se a uva já está madura, estes micro furos aceleram a evaporação da água no bago e há uma concentração de açúcares e ácidos. Pode soar estranho, mas as uvas são colocadas para fermentar sem extrair este mofo, que colabora com alguns cobiçados aromas no vinho.

 

uva
O Nederburg NLH é produzido com uvas de Durbanville cerca de 30 km. à leste da Cidade do Cabo, e de Paarl (uma das principais zonas de produção de vinhos na África do Sul), mais 30 km depois de Durbanville. O visual dourado e viscoso já indica aromas de frutas adocicadas, no caso, damasco, pêssego em calda, abacaxi maduro, mel e algo de cera e resina (efeito da botrytis). Há um bom equilíbrio entre doçura (alta), acidez e intensidade, com texura untuosa. O vinho vale como sobremesa ou pode acompanhar queijos salgados como os azuis e estilo parmesão. Com sobremesas, arrisque uma salada de frutas ou receitas com frutas com caroço, como torta de ameixa ou crumble de nectarinas.

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