“Achava que as coisas caminhavam melhor”, diz Rosangela Lyra
A ex-diretora da Dior no Brasil participou ativamente de manifestações contra a corrupção durante o governo Dilma
Participante ativa nas manifestações contra a corrupção realizadas durante o governo de Dilma Rousseff, Rosangela Lyra, presidente da Associação dos Lojistas dos Jardins e ex-diretora da Dior no Brasil, se diz “estarrecida” com as últimas revelações da Operação Lava-Jato, envolvendo grampos a Michel Temer e o senador Aécio Neves. “Achava que as coisas estavam caminhando melhor no combate à corrupção”, lamenta.
Se confirmada a culpa do presidente, Rosangela, que sempre mobilizou socialites para agir contra a corrupção principalmente com a ajuda do WhatsApp, afirma que não tem certeza se voltará às ruas em manifestações vestindo verde e amarelo. “Na época foi muito desgastante”, lembra.
Ela é mãe de Carol Celico, ex-mulher do jogador Kaká, e faz parte do grupo Política Viva. Na organização, uniu-se a amigos para realizar palestras, com figuras a exemplo do tucano José Serra, a fim de discutir os rumos do país. “Hoje, recebi inúmeras mensagens em grupos do WhatsApp, mas não abri todas porque estava trabalhando”, contou.
Em 2014, ela foi uma grande apoiadora do impeachment e da candidatura de Marina Silva, realizando, inclusive, eventos como jantar em prol de sua candidatura. Na época, ao não atingir votação para o segundo turno, a então filiada do PSB passou a apoiar Aécio Neves (PSDB). Apesar do posicionamento de sua candidata, Rosangela nega que tenha falado publicamente a favor do mineiro. “Não declarei meu voto a ele”, despista.