Em 17 de dezembro passado, Gabriel e Beth Szafir precisaram deixar o apartamento onde viviam havia décadas, na Alameda Lorena, nos Jardins. O imóvel, decorado com tapeçaria persa e lustres de cristal, foi tomado por uma decisão judicial.

Ele estava hipotecado como garantia de um empréstimo. Tudo fica mais triste porque o empresário está acamado, com Alzheimer. Não bastasse, o casal enterrou, em novembro, a filha Alexandra, em decorrência de complicações da esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Beth foi uma das mulheres mais chiques e extrovertidas de São Paulo. Seu marido tem personalidade mais discreta. Eles foram donos de uma série de negócios, como a Traffic, então responsável pela publicidade em pontos de ônibus na cidade, vendida para J. Hawilla em 1980.

Judeus sefarditas, fizeram questão de celebrar o bar mitzvah dos quatro filhos em Israel — entre eles o de Luciano Szafir, pai de Sasha Meneghel, do relacionamento com Xuxa.

Os tempos são outros. Beth agora cobra para fazer presença vip, e os cachês não chegam a 5 000 reais. Os Szafir se mudaram para um apartamento em Higienópolis emprestado por amigos. Procurada, Beth nega o despejo. “É mentira, saí de lá porque vou me mudar para um outro local, ainda em obras”, limita-se a dizer.

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