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Por Arnaldo Cheixas
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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Um papo rápido sobre a depressão

O que é: Doença mental crônica e recorrente caracterizada por um significativo rebaixamento do humor na forma de tristeza profunda combinada com perda do interesse e da motivação para a realização das atividades cotidianas, perda da sensação de prazer, ocorrência de sentimento de culpa e baixa autoestima, bem como a presença de distúrbios do sono […]

Por VEJASP
Atualizado em 26 fev 2017, 14h35 - Publicado em 30 set 2015, 23h15

depressão

O que é: Doença mental crônica e recorrente caracterizada por um significativo rebaixamento do humor na forma de tristeza profunda combinada com perda do interesse e da motivação para a realização das atividades cotidianas, perda da sensação de prazer, ocorrência de sentimento de culpa e baixa autoestima, bem como a presença de distúrbios do sono e da alimentação.

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Sintomas e sinais: Sentimento de tristeza, vazio ou desesperança na maior parte do dia, perda do interesse e do prazer nas atividades cotidianas (anedonia), perda ou ganho significativo de massa corporal, insônia ou hipersonia (muito sono) frequente, fadiga ou cansaço constante, agitação ou apatia motora, ansiedade, dificuldade de concentração, diminuição da libido, sentimentos de inutilidade e culpa, indecisão, pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

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Diagnóstico: Vale ressaltar que o diagnóstico é um processo complexo que leva em conta a combinação, a frequência, a intensidade e a duração dos sinais e sintomas citados acima. Não necessariamente todos eles estão presentes num quadro de depressão. O diagnóstico, portanto, só pode ser feito por um profissional habilitado. Assim, ao perceber a presença de quaisquer dos sinais mencionados, a busca de ajuda profissional deve ocorrer imediatamente.

Tipos (de acordo com o DSM-V): Transtorno Depressivo Maior (este é o quadro mais clássico, sendo a depressão propriamente dita), Transtorno Depressivo Persistente (ou Distimia: representa o Transtorno Depressivo Maior ocorrendo de forma crônica), Transtorno Disfórico Pré-menstrual (humor significativamente depressivo e/ou irritável nas semanas antes do início de cada menstruação), Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento (álcool, cocaína, maconha etc e mesmo medicamentos usados equivocadamente) e Transtorno Depressivo Devido a Outra Condição Médica (por acidente vascular cerebral, câncer, infarto do miocárdio etc).

Causas: Os estudos científicos existentes apontam para uma causa genética modulada por fatores ambientais. Mesmo quem tem predisposição para a depressão, não necessariamente a desenvolverá ao longo da vida. Do mesmo modo, uma pessoa que não tenha predisposição genética pode desenvolver a depressão a partir de eventos traumáticos. O uso de substâncias químicas (drogas ilegais e medicamentos), bem como a presença de alguma outra doença, também pode gerar um quadro depressivo. Embora não represente a causa em si, sabe-se que pacientes deprimidos apresentam um desequilíbrio nos níveis neuronais de serotonina, uma importante molécula cerebral envolvida na regulação do humor.

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Tratamento: O principal tratamento é o uso de medicamentos antidepressivos, que devem ser necessariamente prescritos pelo médico psiquiatra. Na maioria dos casos, a psicoterapia é relevante para o paciente desenvolver estratégias de enfrentamento que diminuam as crises depressivas e minimizem seus efeitos. Embora não haja cura para a depressão, é possível seguir a vida normalmente desde que haja tratamento adequado.

Informações adicionais: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 400 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo (7% da população) e ela é a principal causa de incapacidade para o trabalho, produzindo licenças de saúde e mesmo aposentadorias. Mulheres são mais suscetíveis à patologia que os homens, especialmente no período fértil. A doença está entre as principais causas de suicídio, principalmente quando ela é componente do transtorno bipolar. A previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) de que a depressão responderia até 2030 por 10% do total de anos perdidos de vida saudável foi concretizada já em 2010. Esse dado alarmante fez com que a OMS produzisse uma série de materiais educativos como o vídeo abaixo. Não deixe de procurar ajuda se perceber sinais de depressão.

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