Curte arte erótica? Acabou de sair um livro em dois volumes, com 848 páginas, sobre “shunga”, arte oriental que reúne pinturas e estampas sensuais. É A Erótica Japonesa na Pintura & na Escritura dos Séculos XVII a XIX, de Madalena Natsuko Hashimoto Cordaro (Edusp, 390 reais), professora do Departamento de Línguas Orientais da Universidade de São Paulo, uma das especialistas no Brasil em cultura japonesa. A obra traz centenas de imagens, fruto da pesquisa da tese de livre-docência defendida há seis anos na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Ao longo do livro, o leitor vai percebendo as diferenças entre as gravuras chinesas e japonesas inspiradas no erotismo. A autora explica que, na transmissão de obras chinesas ao Japão, que se intensificou no século 18, obras de caráter notadamente confucionista tornaram-se embriões de muitos mitos tratados por Ueda Akinari e Takizawa Batin.

O que chama a atenção nas gravuras não é apenas a prática sexual, mas o cenário em que ela se insere, com detalhes que sugerem a atmosfera do prazer. “Rodeados de objetos indicadores de cultivo do gosto e arte, a atmosfera de refinamento é dominante em grande parte da primeira produção erótica”, explica a autora.

Veja a seguir algumas obras-primas (publicáveis, porque os artistas também são bem explícitos):

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