Casal “grávido” se reencontra após seis meses
O motivo da separação foi decreto de Donald Trump, que barra a entrada nos Estados Unidos de pessoas dos países de origem muçulmana
Na sexta-feira (16), acabou a agonia do casal Khaled Almilaji e Jehan Mouhsen. Eles ficaram separados durante 174 dias por causa do decreto do presidente americano, Donald Trump, de barrar provisoriamente a entrada nos Estados Unidos de pessoas de sete países de origem muçulmana. Almilaji é sírio e Jehan, nascida em Montenegro, na Europa Central. Os dois estavam morando nos Estados Unidos porque Almilaji estava fazendo especialização no país – ele é médico. Agora, vão viver no Canadá.
Detalhe: Jehan está grávida e espera o primeiro filho do casal para agosto.
De acordo com o jornal The Star, de Toronto, no Canadá, o médico deixou em janeiro a casa em que vivia com a esposa, em Rhode Island, nos Estados Unidos, para uma missão de ajuda na fronteira da Turquia com a Síria, seu país natal. Ele tentou retornar no dia 7 de janeiro, mas foi barrado antes mesmo de embarcar. Seu visto americano de estudante foi bloqueado.
Membros da Universidade de Toronto souberam do caso e ofereceram uma bolsa de estudos para que Almilaji morasse fora dos Estados Unidos. Com a ajuda de doadores privados, a universidade levantou fundos para pagar os custos de vida do casal.
“Foi uma experiência muito estressante. Agora, estamos entusiasmados, porque a provação finalmente acabou”, disse Jehan.
Além de mudar de país, o médico também precisou mudar de curso e vai fazer pós-graduação em informática da saúde. “Não temos queixas contra os americanos”, ela disse ao jornal.”Mas a proibição da viagem foi desnecessária e injusta. Estamos satisfeitos pelo Canadá nos ajudar. É um grande alívio.”
O médico afirmou que pretende, um dia, voltar à Síria e ajudar a reconstruir o sistema de saúde de seu país. “A Universidade de Toronto me deu outra chance e eu sou muito grato”, comentou.