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Por Bárbara Öberg
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Após quase morrer com cirurgia do estômago, ex-obesa se torna médica, especialista em emagrecimento

Alô segunda-feira, dia mundial do “estou de dieta”. #QuemNunca? Bem, pra estimular vocês, sempre começamos a semana com o relato vencedor de alguém que, sim, conseguiu emagrecer. A história de hoje veio por e-mail e é da médica nutróloga Ana Luisa Vilela. Depois de quase morrer ao se submeter a uma cirurgia bariátrica (não, gente, […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 26 fev 2017, 14h54 - Publicado em 31 ago 2015, 14h28

Alô segunda-feira, dia mundial do “estou de dieta”. #QuemNunca? Bem, pra estimular vocês, sempre começamos a semana com o relato vencedor de alguém que, sim, conseguiu emagrecer. A história de hoje veio por e-mail e é da médica nutróloga Ana Luisa Vilela. Depois de quase morrer ao se submeter a uma cirurgia bariátrica (não, gente, não estamos criticando essa alternativa, ok?) ela se tornou médica e especialista em emagrecimento. Teve todos os traumas e dificuldades de quem encarou uma infância e adolescência obesa e agora está uma gata.

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Com ela, a palavra:

“Sempre fui gordinha. Quando criança, em minha cidade natal, no estado de Minas Gerais, gordura era sinônimo de saúde e por várias vezes escutei: “Que belezinha, gordinha! Bochecha até rosada…” Mas, com os anos, esses quilos a mais começaram a mudar meu dia a dia.

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Parei para recordar e me dei conta de que nunca, na vida, tinha pesado menos que 90 kg. Roupas quase nunca me serviam e moda era uma coisa que me incomodava profundamente. Inúmeras vezes quis um jeans, mas… Não dava.

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Os anos foram passando e eu compensava minhas frustrações com o corpo tirando as melhores notas e sendo a melhor e mais engraçada colega de turma.

Sempre ativa, seguia infinitas dietas, alternando momentos de alegria, quando estava magra, deprimida, gorda.

Escalava, pedalava, andava a cavalo, namorava (lógico, assumindo sempre um perfil bem mais dependente e carente, arruinando a maioria dos meus relacionamentos).

Determinada a mudar, fui estudar na Bélgica. Voltei ao Brasil falando cinco línguas. Conheci pessoas, entrei na faculdade, mas ainda faltava algo.

No fim da faculdade, após o rompimento de um namoro que, até então, teria sido o mais importante e significativo da minha vida, me encontrei sozinha, gorda, hiperglicêmica (pré-diabética), com menstruações muito irregulares, dores articulares intensas, hipertensa (já fazia uso de quatro medicamentos). E, além de tudo isso, estava deprimida. Tinha medo de sair na rua e vergonha de me olhar no espelho. A esta altura estava pesando 105 Kg.

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Tinha chegado ao limite da obesidade pra mim. Meus médicos, então professores, me sugeriram pela primeira vez a cirurgia de redução de estômago. Não aceitei muito bem, porém, incentivada por um primo que sofria do mesmo problema e iria operar em alguns meses, acabei marcando uma consulta.

Em três meses fui operada, dia 17 de setembro de 2005.

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Apesar dos ótimos cuidados da equipe cirúrgica e anestésica, evoluí no pós-cirúrgico com uma hemorragia digestiva grave. Fiquei na UTI e depois internada por vários dias. Hoje sei que só sobrevivi porque estava com a melhor equipe médica e cercada de cuidados.

O pior passou e evoluí muito bem, mantendo meu acompanhamento médico e psiquiátrico. Emagreci 40 kg. Não usava mais medicamentos de pressão, voltei a menstruar, conseguia agora correr sem dor, minha glicemia estava estabilizada.

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Comprei minha primeira calça jeans em um shopping. Saí da loja chorando como uma criança, abraçada naquele pacote tão significativo.

Iniciei meus estudos em cirurgia na mesma equipe por quem fui operada. Convivia diariamente com pessoas que, como eu, sofriam de inúmeras formas com a obesidade.

Aprendi muito, sofri junto. Para elas eu era um exemplo que tudo podia melhorar, dar certo, e elas me incentivavam a estudar mais e preencher as lacunas de uma doença que afetou profundamente minha existência por 27 anos, e me segue até hoje.

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Como nada é fácil, emagreci, mas mantive terríveis hábitos comuns à obesidade que, associados a rotinas exaustivas e privações de sono comuns aos médicos, voltei a engordar. Foi difícil entender que só a cirurgia não me manteria saudável e magra, que precisaria mudar hábitos, melhorar as escolhas alimentares, mudar meu pensamento e vida, pois o estômago já estava reduzido.

Iniciei minha pós-graduação em Nutrição Clínica e voltei a emagrecer.

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Percebi junto a meus pacientes que voltar a engordar era muito comum e que este novo aprendizado seria importante para minha vida e para o pós-operatório de todos os obesos que eu tratava. Aprendi aos poucos o valor da qualidade e quantidade.

Hoje tento distinguir sabores pequenos e delicados. Mantinha o prazer de comer, porém agora em restaurantes mais elaborados. Transformei meu prazer alimentar em um pouco mais de variedade e amor próprio, continuei estudando e após estágio em Nutrição Clínica no Hospital das Clínicas em São Paulo, fiz cursos de Estética Médica.

Queria melhorar minha pele, acabar com a flacidez e substituir a gordura. Um mundo novo se abriu, cheio de possibilidades.

Neste momento nasceu a Slim Form, minha clínica de emagrecimento, que nada mais é do que um tributo aos meus conhecimentos, à minha nova forma magra. E, também, às possibilidades de ensinar a meus pacientes tudo que aprendi para me cuidar. Sei agora que sofro de uma doença crônica, que influencia não só minha saúde física, mas também a mental. Hoje vivo como um dia de cada vez… Descoberta em descoberta, aprendizado em aprendizado, sou com certeza mais feliz.”

Espero ter ajudado,

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Drª Ana Luisa Vilela Barbosa

Em tempo1: o endereço da clínica da Drª Ana Luisa é https://slimform.com.br/

Em tempo 2: Se você quiser me seguir, meu Instagram é @canseidesergorda_

E temos também uma página no Facebook Cansei de Ser Gorda.

Um beijo, até mais

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