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Por Arnaldo Lorençato
O editor-sênior Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Sakagura A1 serve o último almoço hoje (14)

O ótimo restaurante do comandado pelo chef Shin Koike encerra as atividades

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h16 - Publicado em 14 Maio 2017, 12h20

Recentemente, registrei aqui no blog o fechamento do variado Galuska, que derivava de um francês de qualidade, o Rive Gauche. Era numa tentativa da empresária Ida Maria Frank, do megassucesso Due Cuochi Cucina, reverter o prejuízo com a presença escassa de público. Agora, usarei esse espaço para falar do fechamento de outro restaurante, o japonês Sakaguara A1, que serve a última refeição no almoço de hoje (14) e depois encerra definitivamente as atividades.

Quando foi aberto no final de 2012, o Sakagura A1 nascia com uma proposta interessante. Era o retorno do chef japonês Shin Koike – do então premiado Aizomê (hoje, sob o comando de Telma Shiraishi) – à culinária mais simples. Entenda-se nessa simplificação a recuperação do estilo do A1, que ficava no subsolo do Shopping Top Center e tornou o cozinheiro conhecido. Na época, Koike enfatizava que queria fazer “um cardápio sem frescura”.

Salão do Sakagura A1: grande demais para o público que atraía (Jhony Arai/Divulgação)

Com um belo ambiente em estilo retrô criado em dobradinha pelo artista plástico e diretor de arte Akira Goto e pelo arquiteto Samy Dayan, o Sakagura A1 tornou-se um espaço múltiplo espalhado por térreo e subsolo, que nunca decolou para o público. “Éramos grandes demais”, reconhece o sócio investidor Roberto Ng, empresário paulistano formado pela Fundação Getúlio Vargas e dono da rede Sushi Papaia, em Higienópolis. Os custos operacionais de um espaço tão grande levaram ao fim do negócio.

Amano: emocionado ao receber o título de campeão na Copa do Mundo do Sushi, em Tóquio (Divulgação)

Nem mesmo prêmios recentes como a vitória do sushiman da casa, o paulistano Celso Hideji Amano, na Copa do Mundo do Sushi, ou em inglês World Sushi Cup, em agosto de 2016, ajudou a alavancar a clientela. O experiente Amano bateu outros 25 concorrentes na disputa que ocorre durante a feira Japan International Seafood & Technology Expo (leia sobre essa vitória clicando aqui).

Combinado criado por Amano: último dia para provar (Arnaldo Lorençato/Veja SP)

Agora, cada um desses personagens segue um destino diferente. “Volto para o Japão em julho”, conta Amano. O profissional, ex-Aizomê com Koike, vai direto para Tóquio e, em seguida, para Quioto. Pretende trabalhar em um sushi-yá, assim como tem intenção se inscrever em um programa para estágios no Japão na área de gastronomia, sempre em busca de aperfeiçoamento.

Autor das receitas de A Cor do Sabor – A Culinária Afetiva de Shin Koike (Melhoramentos, 272 p., R$ 210,00), livro com texto de Jo Takahashi e fotos de Tatewaki Nio, o cozinheiro segue como Embaixador da Boa Vontade da Culinária Japonesa, título que recebeu do cônsul geral do Japão, Takahiro Nakamae, em junho do ano passado, pelo seu trabalho na difusão cultural da cozinha de seu país natal.

Koike, que já havia sido laureado em 2014 com o 8º Prêmio Difusão da Culinária Japonesa no Exterior concedido também pelo Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, segue com dois endereços no Rio de Janeiro. Um é o restaurante com seu nome e o outro é izakaya Roman. Ambos ficam no Vogue Square, um shopping que tem como foco a gastronomia na Barra da Tijuca. “Sakagura fecha a porta, mas, logo, logo, vai voltar”, acredita o chef. É esperar para conferir.

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