Tesouros Paulistas
Resenha por Julia Flamingo
Mobiliário, objetos decorativos, pinturas, esculturas e gravuras vêm sendo adquiridos pelo governo do estado desde sua primeira sede, no Pateo do Collegio (operante entre 1765 e 1932). Os palácios dos Campos Elíseos (1911 a 1965), do Horto (1949 a 2012), dos Bandeirantes e da Boa Vista (ambos em funcionamento desde 1964) também receberam relíquias. A mostra Tesouros Paulistas reúne cerca de 320 das 3 500 peças da coleção estadual. O acervo inclui porcelanas importadas da Europa, artefatos do período colonial, arte oriental e pinturas modernas. O destaque é, sem dúvida, o período moderno, representado pelas pinturas Autorretrato I e Operários, de Tarsila do Amaral, A Ventania, de Anita Malfatti, e outros tantos quadros assinados por Ismael Nery, Flávio de Carvalho, Candido Portinari e Cícero Dias. Textos didáticos acompanham as obras. Não deixe de reparar na série Diário de uma Viagem ao Amazonas, feita pelo pernambucano José Cláudio de Silva. Em 1975, ele participou de uma inspiradora expedição à Amazônia. As 100 pinturas a óleo fazem um retrato interessante da natureza e dos habitantes da região. Entre as peças trazidas da China e do Japão estão trinta xilogravuras nipônicas, como o tríptico Figuras Bonitas, produzidas em 1854. Elas mostram gueixas em seus quimonos representando rituais tradicionais. Até 28/2/2017.