Sankai Juku – Meguri
- Duração: 80 minutos
Resenha por Carolina Giovanelli
A última visita da companhia japonesa à cidade deu-se em 2013. Se você não conheceu a Sankai Juku na época, não estranhe. Ela costuma investir em movimentos mais vagarosos e comedidos, fincados no paradigma de equilíbrio oriental. As cenas chegam a lembrar pinturas, pedindo ao espectador que contemple a obra em um ritmo bem diferente do qual está acostumado a ver. Na montagem Meguri (2015), com duas sessões programadas na capital, o coreógrafo e diretor Ushio Amagatsu, também criador do grupo, arriscou-se em um espetáculo mais dinâmico (ainda de acordo, porém, com suas raízes). A ideia dos ciclos naturais da água, da terra, do vento e do fogo surge em passos circulares dos oito bailarinos. Eles aparecem em cena carecas e pintados de branco, vestindo saia ou toga. Fundado em 1975, o coletivo mostra-se um dos grandes expoentes do butô, tradicional dança oriental que faz bom proveito das técnicas teatrais. O cenário traz inspiração em fósseis de plantas e animais marinhos. Programe-se: as próximas atrações da temporada de dança do Teatro Alfa são o Grupo Corpo (de 4 a 14 de agosto), a Mimulus (22 e 23 de outubro) e a Cie. Käfig (5 a 7 de novembro). Dias 23 e 24/7/2016.