Salvador Dalí

Resenha por Jonas Lopes

Dividida em três partes — Inferno, Purgatório e Paraíso —, a Divina Comédia, do florentino Dante Alighieri (1265-1321), é uma das pedras fundamentais da literatura ocidental. Sua importância possui dimensão comparável apenas a obras como Ilíada, Odisseia (ambas de Homero) e Eneida (Virgílio), às tragédias gregas e às peças de Shakespeare. Ao longo de cerca de sete séculos desde a publicação, o volume foi ilustrado por grandes artistas, a exemplo do renascentista Sandro Botticelli, do poeta William Blake e do gravador Gustave Doré. O espanhol Salvador Dalí (1904-1989) também entrou nesse território. Entre 1950 e 1960 ele realizou 100 aquarelas baseadas no livro, reunidas na Caixa Cultural. O resultado revela-se irregular. O surrealismo repetitivo do espanhol (mais talentoso na autopromoção do que na estética) domina os desenhos, a ponto de quase descaracterizar a fonte. Quando um anjo abre gavetas a partir do próprio corpo, podem-se notar somente características de Dalí, e bem pouco de Dante. Fazem falta a beleza clássica de Botticelli e os contrastes de luz e sombra de Doré. Para uma abordagem onírica, Blake leva a melhor em criatividade e humor. De 31/8/2013 a 27/10/2013.

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