O Trem Fantasma
- Direção: Márcio Pontes
- Duração: 45 minutos
Resenha por Mariana Rosário
Monstros também passam por apuros — pelo menos no enredo engraçadinho de O Trem Fantasma, da Cia. Polichinelo. Nova atração no parque de diversões, o tal trem precisa de figuras fantasmagóricas para entreter os visitantes. Responsável pela contratação, o maquinista (vivido pelo também diretor Márcio Pontes, o único integrante do elenco de carne e osso) vai entrevistar os candidatos. Aparecem por lá uma bruxa, um vampiro e uma múmia desempregados. Mas seus planos de conseguir uma vaga são atrapalhados por um pequeno garoto bem engraçado que consegue afugentar a turma. Por trás da fofura e dos sustinhos (de leve), a peça investe num papo de gente grande: como o ser humano pode, às vezes, assumir o papel de malvado. A temática, felizmente, não se sobrepõe à graça dos bonecos controlados por fios. Nas mãos de Pontes, eles roubam a cena com seus precisos movimentos. Os bem bolados efeitos especiais dão um toque mais caprichado e completam os pouquíssimos diálogos e a constante trilha sonora. O final, um tanto afetado, não chega a estragar o programa, mas parece ter sido feito mais para os pais do que para as crianças. Recomendado a partir de 5 anos. Estreou em 6/6/2015. Até 8/5/2016.