O Reizinho Mandão
- Direção: Ricardo Gamba
- Duração: 55 minutos
Resenha por Bárbara Öberg
Em O Reizinho Mandão, adaptação do livro homônimo de Ruth Rocha dirigida por Roberto Lage, um grupo de contadores de histórias toma o palco. O espetáculo faz parte das comemorações dos cinquenta anos de carreira da escritora paulistana. Os três protagonistas, portadores de síndrome de Down, conseguem cativar a plateia. Difculdades de fala na atuação deles não chegam a prejudicar a encenação. Na trama, o Reizinho Mandão (Ariel Goldberg, do flme Colegas, de 2013) assume o trono logo após o seu pai morrer de “atchim”. O novo monarca, mimado pela rainha (papel de Luiza Novaes), começa a criar leis absurdas e, com exagero, a mandar todo mundo calar a boca. O silêncio acaba tomando conta do reino, porque os súditos desaprendem a falar e perdem a voz, literalmente. Quem consegue contornar a situação é a personagem Menina (Joana Mocarzel, que participou da novela Páginas da Vida, em 2006). Ela dá um chega para lá no reizinho com o conhecido ditado “cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. A cultura nordestina aparece como inspiração da peça, tanto na trilha sonora executada ao vivo pelo talentoso elenco, de interpretação delicada, quanto nos caprichados fgurinos criados por Lord Lu. Estreou em 19/9/2015. Até 22/11/2015.