O Pequeno Fugitivo
- Direção: Morris Engel, RuthOrkin, Ray Ashley
- Duração: 88 minutos
- País: EUA
- Ano: 1953
Resenha por Tiago Faria
Vencedor do Leão de Prata no Festival de Veneza de 1953 e indicado ao Oscar de melhor roteiro no ano seguinte, o drama americano finalmente tem lançamento no circuito brasileiro, em cópia restaurada. A fita influenciou uma geração de jovens cineastas e foi considerada um marco do movimento neorrealista ao registrar, de maneira improvisada, uma trama encenada por atores mirins amadores. O diretor francês François Truffaut, um dos admiradores do filme, inspirou-se nesse estilo espontâneo para criar o clássico Os Incompreendidos, de 1959. O tempo amenizou o impacto do projeto – desde então, seu legado estético rendeu inúmeros filmes independentes. Mas ainda é possível se encantar com o enfoque do universo infantil, que evita a condescendência e retrata com igual franqueza os momentos de crueldade e os de lirismo no cotidiano de um grupo de crianças nova-iorquinas. Aos 7 anos, Joey (Richie Andrusco) decide sair de casa e refugiar- se nos parques de diversões de Coney Island. Tudo porque, após uma brincadeira com os amiguinhos, ele acreditou ter matado o irmão mais velho, Lennie (Richard Brewster). Antes aflito, o menino começa a gostar da ideia de viver livremente em um paraíso de fantasia e diversão. Estreou em 25/9/2014.