Mostra Rohmer, o Homem e Suas Imagens
Resenha por Tiago Faria
Para o paulistano, o nome do diretor francês Eric Rohmer (1920-2010) pode remeter a crônicas como O Joelho de Claire (1970) e Amor à Tarde (1972), reexibidas com burburinho no circuito alternativo da cidade no início dos anos 2000. O diretor do formidável Minha Noite com Ela, de 1969, no entanto, tem um lado ainda pouco conhecido por aqui, que inclui documentários para a TV e longas produzidos no fim de sua carreira. O maior achado da mostra Rohmer, o Homem e Suas Imagens, em cartaz a partir de terça (11) no CCSP, está na pequena retrospectiva da obra documental assinada por ele, que editou a revista Cahiers du Cinéma entre o fim dos anos 50 e o início da década seguinte. Em O Homem e as Imagens, de 1967, ele entrevista os realizadores René Clair, Jean Rouch e Jean-Luc Godard. As Contemplações de Victor Hugo, produzido um ano antes, divaga sobre o escritor, uma de suas maiores influências. Também serão exibidos longas que o inspiraram, como Tabu (1931), de F.W. Murnau, e dramas dele não muito vistos no Brasil, como Perceval, o Gaulês (1978), O Agente Triplo (2004) e Os Amores de Astrée e Céladon (2007), cuja primeira sessão está programada para sexta (14), às 17h. De 11 a 23/6/2013.