Lulu, Nua e Crua
- Direção: Sólveig Anspach
- Duração: 87 minutos
- Recomendação: 18 anos
- País: França
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
A diretora Sólveig Anspach, islandesa radicada na França, morreu em 7 de agosto, aos 54 anos. Deixou, porém, um eficiente recado para as mulheres no drama Lulu, Nua e Crua. Na linha do sucesso Pão e Tulipas (2000), a história cobre alguns dias da vida de Lucie (ou Lulu), interpretada pela talentosa Karin Viard. Após ser praticamente humilhada numa entrevista de emprego, essa quarentona perde o trem na volta para casa. Decide, então, hospedar-se num hotel e pernoitar em Saint Gilles Croix de Vie, cidade do litoral do oeste da França. No dia seguinte, cobrada pelo marido e pela irmã, resolve dar um tempo da família (ela tem três flhos) e curtir a liberdade que, há tempos, perdeu. No encontro com um romântico ex-presidiário (Bouli Lanners) e com uma senhora solitária (Claude Gensac), Lulu ganha motivos para mudar. Em troca, mostra-se afetiva e generosa. Não há muita originalidade no desfecho, mas a cineasta (e também roteirista) mantém o interesse da plateia pelos rumos inesperados que dá à jornada da protagonista. Estreou em 8/10/2015.