Hans Hartung – Oficina do Gesto

Resenha por Laura Ming

É a primeira vez que os traços dramáticos do franco-alemão Hans Hartung (1904-1989) são exibidos de forma tão abrangente no país. A retrospectiva Oficina do Gesto, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, apresenta telas e gravuras desse expoente do abstracionismo europeu que, entre outros objetos inusitados, usava galhos de árvore, pulverizadores e ancinhos de jardinagem para pintar. Assim como na gravura (o subsolo do CCBB reúne a produção com essa técnica), os “equipamentos” utilizados deixaram marcas nos quadros. São riscos, gotas e manchas que formam composições abstratas potentes, cuja espontaneidade e lirismo se diferenciam do geometrismo calculado de Wassily Kandinsky, o precursor do estilo. Em um vídeo pode-se ver como Hartung trabalhava no fim da vida. Debilitado após perder uma perna na II Guerra Mundial e sofrer um AVC, ele joga a tinta sobre a tela, como ao acaso, sentado numa cadeira de rodas. Mas é só aparência: as 162 obras da mostra evidenciam criações  sofisticadas e bem calculadas, impactantes até hoje. Até 12/1/2015. 

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