Habi, a Estrangeira
- Direção: María FlorenciaÁlvarez
- Duração: 92 minutos
- Recomendação: 10 anos
- País: Argentina/Brasil
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
A argentina Analía (Martina Juncadella) tem 20 anos e um olhar disperso no tempo. Seu trabalho consiste em fazer entregas de artesanato para sua mãe, e, ao chegar a Buenos Aires, ela perde literalmente o rumo e vai parar num bairro de muçulmanos. Encantada com o que vê e ouve, a garota resolve se hospedar numa decadente e barulhenta pensão familiar e permanecer mais um dia por lá. Procura, a seguir, um centro comunitário para se informar sobre o islamismo. A partir daí, Analía decide, entre a ingênua brincadeira e o interesse real, se passar por Habi, uma descendente de árabes. Arranja um bico num mercadinho e fica encantada com a gentileza de um garçom (Martin Slipak). Analía/Habi começa a se sentir parte desse mundo novo. Cobre os cabelos, usa túnicas longas e tenta se adaptar aos reservados costumes. A diretora e roteirista María Florencia Álvarez, em seu primeiro longa-metragem, traz uma história de olhares curiosos de alguém querendo se enquadrar na sociedade. Muitas vezes sozinha em cena, Martina Juncadella mostra uma espantosa facilidade para seduzir o espectador pela fragilidade não apenas física, mas também emocional. Estreou em 15/11/2013.