Lais Myrrha

Resenha por Laura Ming

Quem chegar ao espaço Pivô, no Edifício Copan, para visitar a mostra Projeto Gameleira 1971 correrá o risco de passar reto pela instalação. A intenção da artista mineira Lais Myrrha foi recriar os escombros de um acidente que matou quase 200 pessoas e foi praticamente esquecido. Eram tempos da ditadura, Médici presidia o Brasil e o projeto do Parque de Exposições de Belo Horizonte tinha sido desenvolvido por Oscar Niemeyer. As vigas (reproduzidas agora com madeira e gesso pintados) caíram durante o horário de almoço, matando os operários que dormiam embaixo delas. A vontade de apagar da história o episódio foi tanta que Lais precisou ir até o IML para conseguir o nome de todas as vítimas – os jornais da época só noticiavam 69 óbitos, sem maiores detalhes. “A obra discute o acesso à informação e a política brasileira de promover grandes construções”, diz Fernanda Brenner, fundadora do Pivô. O trabalho também questiona a omissão de Niemeyer, que nunca se pronunciou a respeito do caso. Toda a culpa caiu sobre o engenheiro Joaquim Cardozo, que, aos olhos de Lais, foi injustiçado. Até 2/8/2014.

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