Chiquinha Gonzaga, a Menina Faceira
- Direção: Edson Gon
- Duração: 50 minutos
Resenha por Bárbara Öberg
No ano que marca os oitenta anos da morte da compositora e pianista carioca Chiquinha Gonzaga (1847-1935), a Cia. das Cores traz ao palco uma retrospectiva da trajetória dela. Em Chiquinha Gonzaga, a Menina Faceira, três vendedores de rua apostam para ver quem sabe mais sobre a homenageada. O resultado é uma montagem simples e lúdica que apresenta momentos da infância, obras de sua autoria e muito da força feminina numa época em que as mulheres sofriam com preconceitos. Em boa sintonia, o trio de atores Alaissa Rodrigues, Artur Reis e Evandro Cavalcante se reveza na interpretação da protagonista em idades diferentes. Para isso, eles usam recursos de clown e corpos de bonecas acoplados à cabeça de cada um, criando um efeito divertido. Além disso, o grupo dança e canta sucessos, como Lua Branca, Ó Abre Alas e Forrobodó, tocadas pelo pianeiro — como os pianistas eram conhecidos na época de Chiquinha — Gustavo Budemberg (também diretor musical). Não deixe de prestar atenção nos bem bolados “bonecos-baqueta”, invenção do diretor Edson Gon. Eles ajudam na percussão sonora da peça. Estreou em 11/4/2015. Até 14/6/2015.