Branca de Neve e os Sete Anões – Billy Bond
- Direção: Billy Bond
- Duração: 100 minutos
Resenha por Bárbara Öberg
As princesas continuam um hit entre a garotada, e adaptações de contos de fadas pipocam por aí. O italiano Billy Bond já dirigiu versões de Cinderela e A Bela e a Fera e agora está em cartaz com outro clássico: Branca de Neve e os Sete Anões, inspirado no conto dos irmãos Grimm. A pinta é de superprodução, com um elenco de quarenta atores e cenários grandiosos, mas o resultado revela-se um fiasco. A sucessão de problemas começa com o telão que mostra precárias projeções em 3D (para vê-las, é preciso usar óculos de papelão entregues na entrada do teatro). A montagem optou ainda por utilizar recursos em 4D, como aromas e bolinhas de sabão, a fim de estimular sensações na plateia. Além de nada acrescentarem ao enredo, eles dispersam a atenção do público. Combinado a algumas canções, o roteiro segue a fórmula consagrada e narra a aventura da bela princesa (em interpretação irritante de Larissa Porrino) invejada pela Madrasta (Janaina Bianchi) que foge para a floresta depois de quase ser morta pelo Caçador (Demerson Campos). Ali ela encontra a cabana dos sete anões, vividos por atores apoiados sobre os joelhos e usando máscaras que os deixam com uma expressão imutável. A única coisa que se salva, o caprichado visual traz benfeitas peças de figurino criadas por Olivia Arruda Botelho. Mesmo com todos esses poréns, as crianças, sobretudo as meninas, adoram a peça e não se cansam de interagir com os personagens — várias delas, aliás, estavam vestidas como a Branca de Neve. Estreou em 30/6/2012. Até 1°/3/2015.