Até que a Sbornia nos Separe
- Direção: Otto Guerra, Ennio Torresan Jr.
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 10 anos
- País: Brasil
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Livremente inspirado no bem-sucedido espetáculo musical Tangos & Tragédias, dos gaúchos Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky (1957-2014), Até que a Sbornia Nos Separe é mais um golaço na carreira do realizador Otto Guerra (de Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll). Em parceria com Ennio Torresan Jr., brasileiro radicado nos Estados Unidos e desenhista da DreamWorks, Guerra fez uma animação rica em detalhes, seja na forma, seja no conteúdo. Os belos traços à moda antiga lembram os do francês Sylvain Chomet, diretor de As Bicicletas de Belleville e O Mágico. Em trama absurdamente divertida, a Sbornia é uma ilha fictícia ligada ao continente sul-americano por um istmo. Seus moradores têm hábitos esquisitos como cumprimentar as pessoas com lambidas e dormir de cabeça para baixo. Após a derrubada de um muro, a Sbornia começa a ser invadida pelos vizinhos — e vice-versa. Entre outros personagens estão os amigos e músicos Kraunos e Pletskaya, papéis de Gomez e Nicolaiewsky na peça, sempre metidos em confusões amorosas. O esplêndido visual mistura elementos de várias épocas, assim como a trilha sonora, que resgata de Pixinguinha a Menudo. Estreou em 22/1/2015.