Alice no País das Maravilhas – O Musical
- Direção: Billy Bond
- Duração: 105 minutos
Resenha por Bárbara Öberg
A fórmula é a mesma. Telões de LED, bolhas de sabão, simulação de vento e muito papel picado são os artifícios usados pelo diretor italiano Billy Bond em suas releituras de clássicos da Disney. Depois de Branca de Neve e os Sete Anões e Cinderela, o escolhido desta vez foi o conto Alice no País das Maravilhas, do inglês Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898). A adaptação em formato de musical mostra-se grandiosa e traz cinco ricos cenários combinados com projeções no fundo do palco e 140 figurinos. Trinta atores compõem o elenco, que dança e canta as 32 composições criadas pelo próprio diretor. Vale destacar as inteligentes soluções encontradas para os esquetes do Gato Risonho, que é montado e desmontado durante o espetáculo e brilha sob o efeito de luz negra, e o momento em que Alice aumenta e diminui de tamanho para passar pela portinha de entrada do País das Maravilhas. Contudo, a montagem tem fraquezas. A atriz Karina Mathias, que interpreta a protagonista quando moça, não consegue convencer a plateia e carece de técnica nos números de dança. Outro descuido está na falta de fio narrativo — a história não é bem costurada e pode deixar os menorzinhos confusos. Ou seja, chama mais atenção pela beleza do que pelo conteúdo. Recomendado a partir de 4 anos. Estreou em 2/5/2015. Até 7/8/2016.