A Era do Rock
- Direção: Léo Rommano
- Duração: 160 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
No mundo mágico dos musicais, vale tudo pelo final feliz e, em uma montagem como A Era do Rock, o público não espera nada além disso e de canções conhecidas. O espetáculo da Broadway, criado por Chris D’Arienzo e Ethan Popp, ganhou versão brasileira de Ricardo Marques, que leva à cena uma história de amor, uma pitada cômica e uma trilha que reúne trinta sucessos da década de 80. We’re Not Gonna Take It, I Wanna Rock, I Want to Know What Love Is e Any Way You Want It são alguns exemplos. Em 1987, Sherrie (papel de Thuany Parente), a típica loirinha tonta, desembarca em Los Angeles movida pelo sonho de brilhar no cinema. Em poucas horas, percebe a barra da vida real, mas encontra um príncipe encantado, o tímido Drew (interpretado por Diego Montez). Aspirante a músico, o rapaz por enquanto serve as mesas do The Bourbon Room, um clube das antigas, ameaçado de destruição por um projeto de revitalização da prefeitura. Tamanha atmosfera ingênua contrasta com a essência do rock’n’roll. A carismática dupla central, no entanto, corresponde às expectativas, envolvendo a plateia despreocupada com a dramaturgia. A sutil trama política abre espaço para o elenco coadjuvante se destacar, entre eles Diego Martins, Eduardo Leão e Ana Luiza Ferreira. Embora o tema não se aprofunde, ameniza o clima água com açúcar. No saldo final, funciona como um bom entretenimento. Com Gabriel Bellas, Rodrigo Miallaret e outros. Direção cênica de Léo Rommano e musical de Paulo Nogueira. Estreou em 2/6/2017. Até 30/7/2017.